Apesar de poder gastar até R$ 500 mil por mês em verba para contratar funcionários, Flávio não utiliza todo o montante. Por mês, ele gasta R$ 366 mil com salários de 18 funcionários em seu gabinete no Senado, sete no escritório que mantém no Rio e quatro na Terceira Secretaria da Casa. Os valores dos salários variam entre R$ 27 mil (já com os descontos) a R$ 2 mil.
No áudio, Queiroz cita mais "de 500 cargos" na Câmara e no Senado. "Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles em nada. '20 continho' aí para gente caía bem pra c*."
Ele cita ainda o gabinete do ex-chefe. "O gabinete do Flávio faz fila de deputados e senadores lá para conversar com ele. Faz fila. É só chegar: 'Meu irmão, nomeia fulano para trabalhar contigo aí'. Salariozinho bom, para a gente que é pai de família, p* que pariu, cai igual uma uva."
O salário de '20 continho', porém, não é para todo mundo. Com Flávio, 9 das 29 pessoas nomeadas por ele ganha igual ou mais do que isso.
Eduardo Bolsonaro
Na lista de Eduardo, 15 de 84 cargos que o deputado tem à sua disposição pagam mensalmente mais de R$ 20 mil. O volume de cargos na mão do deputado cresceu significativamente nesta semana após ser confirmado como líder do PSL. Foram 71 cargos a mais que agora o filho "03" têm para nomear.
Defesa
A defesa de Queiroz diz ver "com naturalidade" o capital político do ex-assessor. Indicação de eventuais assessores não constitui qualquer ilícito. "A defesa técnica de Fabrício Queiroz vê com naturalidade o fato dele ser uma pessoa que ainda detenha algum capital político, uma vez que nunca cometeu qualquer crime, tendo contribuído de forma significativa na campanha de diversos políticos no Estado do Rio de Janeiro", diz o advogado Paulo Klein.
"Portanto, a indicação de eventuais assessores não constitui qualquer ilícito ou algo imoral, já que, repita -se, Fabrício Queiroz jamais cometeu qualquer ato criminoso."
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