O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta quarta-feira (23)
a prisão do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, condenado
por lavagem de dinheiro em um processo da Operação
Lava Jato, em 2017.
A defesa de Delúbio teve o último recurso negado em
segunda instância nesta quarta pelos desembargadores do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Os advogados apelaram com embargos de declaração depois
que Delúbio teve a condenação confirmada e a pena
aumentada de cinco para seis anos pelos desembargadores
do tribunal, em Porto Alegre, em março deste ano.
Essa ação penal é um desdobramento do processo que
condenou o pecuarista José Carlos Bumlai e dirigentes do
Banco Schahin, por empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões
concedidos pelo Banco Schahin a Bumlai. Conforme os
desembargadores, metade do valor foi repassada para a
empresa Betin e a outra parte, para a Remar Agenciamento
e Assessoria, que repassou quase tudo o que recebeu à
empresa Expresso Nova Santo André, com o destinatário final
sendo Ronan.
De acordo com a sentença, todas essas transações que
envolvem os réus deste processo seriam fraudulentas e
teriam por objetivo disfarçar o destino do dinheiro. Nos autos,
não há investigação sobre a motivação do PT para entregar
os valores a Ronan. Porém, o Ministério Público Federal
(MPF) levantou a hipótese de uma suposta extorsão
praticada por Ronan contra o PT, o que não foi esclarecido
e não era o foco da denúncia, relativa ao crime de lavagem
de dinheiro.
O que diz o PT
O PT disse que não há no processo nenhuma prova de
empréstimo ou fraude envolvendo Delúbio Soares nem
o PT. "É mais um caso de perseguição da Lava Jato, que
trata o PT como inimigo e deixou de combater a corrupção
para fazer luta política", disse o partido. G1
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