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segunda-feira, 14 de maio de 2018

BANDIDOS INVADEM CEMITÉRIO EM LONDRINA NO DIA DAS MÃES

O movimento nos cemitérios durante o Dia das Mães é um dos maiores depois do período do dia de Finados. Muitos familiares de pessoas sepultadas tiveram uma desagradável surpresa neste domingo (13), ao se depararem com os jazigos violados e sem as peças de cobre ou bronze. São puxadores, placas, grades, maçanetas, parafusos, esculturas e ornamentos arrancados. As peças de metal são levadas, provavelmente, para serem vendidas em algum ferro-velho ou fundição. Mais do que o prejuízo material, o crime desestrutura emocionalmente muitas famílias. A reportagem testemunhou neste domingo várias delas inconformadas com a falta de segurança nos cemitérios e reclamando da Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina) e da Guarda Municipal. "Constatei um furto pela segunda vez no jazigo da família. Há seis meses houve o furto de um anjo de bronze de um metro de altura que meu pai havia comprado em São Paulo, porque na época não havia quem comercializasse esse tipo de produto em Londrina. Hoje (domingo), no Dia das Mães, fui ver o túmulo de meus pais e o encontrei sem as placas em que constavam os nomes. Foi uma tristeza grande. Me sinto impotente com a insegurança. Já estive aqui durante o dia e encontrei pessoas dormindo em cima do túmulo da minha família. Já me queixei na Acesf e disseram que iriam investir em segurança e não investiram nada", lamentou o médico Otávio Augusto Genta, 69, durante visita no cemitério São Pedro. "A Acesf tinha que colocar iluminação, cercas elétricas e câmeras de segurança", apontou. 

O professor Rafael Gustavo Testa, 40, também passou por essa desagradável surpresa no domingo, no São Pedro. "Minha mãe faleceu no ano passado e a própria pessoa que confecciona as placas me aconselhou a confeccionar a lápide em alumínio, porque não tem tanto valor comercial quanto o bronze. Ele já vinha observando que houve aumento de furtos de placas de bronze. A da minha mãe eu fiz em alumínio, mas os ladrões levaram as outras seis placas de bronze do túmulo de minha família", relatou. "A gente fica chateado e perplexo com tudo isso. É como violar uma pessoa que já faleceu. A gente se sente bem mais incomodado com esse tipo de crime porque envolve sentimento."    Vítor Ogawa Grupo Folha

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