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sábado, 27 de agosto de 2022

MORRE EM MARINGÁ PADRE QUE DEU AULA PARA PAPA JOÃO PAULO II

O padre Cônego Benedito Vieira Telles, o primeiro que foi ordenado pela Arquidiocese de Maringá, no noroeste do Paraná, foi sepultado nesta sexta-feira (26) após vários dias internado para tratar uma pneumonia. Ele tinha 93 anos. A morte foi confirmada na quinta. A ordenação foi no dia 29 de junho de 1960 em uma catedral ainda imponente. Foi o início de uma trajetória religiosa marcada, segundo amigos próximos, pela dedicação à Igreja Católica e a acontecimentos que, mais tarde, virariam livro. Um desses episódios da vida do padre está na obra "Nas Alturas - A história da paróquia Catedral de Maringá", de autoria dos jornalistas Rogério Secco e Everton Barbosa. O livro foi lançado neste ano em comemoração aos 50 anos da Catedral Nossa Senhora da Glória. Os jornalistas conseguiram extrair alguns detalhes do rápido contato que o padre maringaense teve com o papa João Paulo II e o cardeal Joseph Ratzinger, que depois se tornaria o papa Bento XVI. Em 1980, João Paulo II ficou dois dias em Curitiba. A visita dele foi tema do 31º episódio do PodParaná. Veja aqui. PodParaná #31: Relembre a passagem do Papa João Paulo II por Curitiba "Foi um convite ocasional do papa, que dava muita risada com ele (Telles) e gostava do fato dele ser brasileiro. Foram poucas aulas de Português. Um emissário do Vaticano ia até a universidade e chamava o professor Telles. Em uma delas, estava o cardeal Ratzinger", contou Barbosa, um dos autores do livro, . As aulas aconteceram no período que o padre Cônego Telles estudava Direito Canônico na Universidade Urbaniana, em Roma. O livro não traz a informação do exato ano que o contato entre os dois aconteceu. Trajetória Cônego Telles formou-se em Teologia, Filosofia e Direito e era membro da Academia Maringaense de Letras. Foi professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) por 36 anos. Na vida eclesiástica, trabalhou, além da Catedral de Maringá, nas paróquias de Inajá, Atalaia e Guairaçá. "Ele era conhecido por ser um homem culto, extremamente inteligente e que amava muito a Igreja", concluiu o jornalista.

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