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sábado, 27 de agosto de 2022

HOSPITAL CRISTO REI DE IBIPORÃ TEM DÍVIDA DE R$ 27 MILHÕES DE REAIS INFORMA DIREÇÃO

Após a 7ª Vara do Trabalho de Londrina determinar que o Hospital Cristo Rei, em Ibiporã, seja leiloado para quitar dívidas trabalhistas, a direção da unidade expôs a situação financeira da instituição nesta sexta-feira (26). A dívida é de R$ 27 milhões acumulada ao longo dos anos. A unidade está sob intervenção desde maio de 2014, quando a Justiça determinou o afastamento de todos os membros dos conselhos diretor e fiscal suspeitos de participação no desvio de recursos. Uma parte dos débitos vinha de passivos trabalhistas na ordem de R$ 6 milhões de reais, além de ações cíveis, dívidas tributárias fornecedores e outros pagamentos não realizados que colaboraram com o montante negativo. Em 2019, assumiu a atual gestão, que se deparou também com um déficit mensal de quase R$ 500 mil reais. Assim, a necessidade de faturamento de R$ 1,3 milhão não era alcançada e a conta não fechava. “Um terço da operação é negativa. A cada 100 reais que entrava aqui, quase 40 reais você não tinha receita para poder pagar”, explicou o diretor do Cristo Rei, Paulo de Oliveira. A justiça determinou um plano de recuperação que só foi entregue em 2020 com a expectativa de que o prejuízo mensal fosse freado. A proposta é de quitar os débitos de R$ 27 milhões ao longo de dez anos. “Se a gente não tivesse freado, essa dívida seria de 35. A gente tem certeza que se o plano for executado de acordo com aquilo que a gente tem a proposta, ao longo de 10 anos a gente vai resolver o problema”, disse o diretor. O hospital atende 93% pacientes vindos do Sistema Único de Saúde (SUS) e o repasse de recursos públicos é feito por dois convênios - um com a Secretaria Estadual de Saúde, que destina cerca de R$ 900 mil por mês ao Cristo Rei, e outro com a Prefeitura de Ibiporã, que libera mais R$ 269 mil mensais. O interventor, que fica no cargo até o próximo dia 31 de agosto, tenta na justiça suspender o certame. A alegação é de que o hospital presta um serviço público essencial e, por conta disso, o imóvel não poderia ser penhorado, uma vez que é referência para 55 mil pessoas no município e outras cidades da região para casos de média complexidade. “Hoje o hospital, se não for retirado nenhuma receita dele, a cada um real que ele tem em frente, ele tem um real de receita para fazer frente ao seu custo”, afirmou O prédio foi avaliado em R$ 12,4 milhões e o lance inicial foi de R$ 6,2 milhões, mas ainda não houve interessados. O imóvel mede 5.775 metros quadrados e fica localizado na avenida dos Estudantes, número 921.

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