Após o disparo, o PM tentou socorrer o adolescente com massagens cardíacas. As testemunhas garantiram aos investigadores que o indiciado "estava bastante desesperado para salvar o garoto". Mesmo assim, a polícia afirmou que o policial "assumiu o risco de produzir o resultado morte, embora evidentemente não o desejasse, pois era previsível que o projétil poderia ricochetear e atingir algum dos jovens".
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Zangirolami. A pistola usada por ele, uma Taurus calibre 40, foi apreendida. Na semana passada, o Instituto de Criminalística emitiu laudo informando que a arma não apresentava nenhuma falha, o que descarta a hipótese de disparo acidental.
O advogado da família da vítima, Mancini Júnior, avaliou como "correto" o resultado das investigações da Polícia Civil. Ele considerou "um absurdo o policial militar dar um tiro ao chão para amedrontar os jovens". Segundo Júnior, a atitude poderia ser diferente. "O ideal seria levar o trio para assinar um termo circunstanciado, e não agir dessa forma".
A morte do adolescente provocou um protesto simbólico dois dias após o crime. Familiares, colegas de sala e professores colaram cartazes no muro da escola e acenderam velas. Ele foi enterrado em Maringá.
Rafael Machado - Grupo Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário