Para o juiz, "é absolutamente imprescindível um maior aprofundamento a respeito do assunto, sobretudo quanto aos fatos, a fim de se apurar as eventuais deficiências existentes no Estado no que tange à segurança pública". Caso as necessidades sejam confirmadas, "é necessário averiguar com amplo estudo técnico e dialógico quais seriam as melhores medidas a serem adotadas para dar início ao enfrentamento."
Mesmo com a negativa da Justiça, a Adepol protocolou, na petição inicial, um levantamento do que considera como "descaso" no quadro insuficiente de servidores na Polícia Civil. Segundo o balanço, há 376 vagas não preenchidas de delegados. Dos 399 municípios do Estado, 256 não possuem um titular nas delegacias, permitindo que muitos profissionais respondam por duas ou três comarcas.
O governo estadual assegurou que "a segurança pública vem sendo atendida no Paraná em conformidade com a realidade socioeconômica" e que "a alocação de recursos não previstos no orçamento prejudicará a execução e desenvolvimento de outras ações na área da educação, transporte e, inclusive, na própria segurança pública".
O presidente da Adepol, João Ricardo Noronha, disse "confiar na Justiça" e que, pelo menos neste momento, "o juiz convenceu-se de que não havia urgência no deferimento da ação". Apesar da decisão, ele acredita que a categoria "terá êxito no mérito. O ideal é aguardar o andamento do processo." Rafael Machado - Grupo Folha
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