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quinta-feira, 26 de maio de 2022

ENFERMEIRO DO HOSPITAL CRISTO REI DE IBIPORÃ RELATA DETALHES SOBRE CASO ABUSO SEXUAL NO HOSPITAL

Um enfermeiro do Hospital Cristo Rei de Ibiporã conversou com exclusividade com a equipe da TV Tarobá e deu detalhes sobre o atendimento de uma paciente que teria sofrido abuso sexual. O caso segue em investigação pela Polícia. A estudante de 20 anos buscou atendimento acompanhada da mãe com alguns ferimentos pelo corpo após sofrer uma queda de moto. Ela estava consciente e conversando. “Meu contato com ela foi apenas para verificar se estava tudo bem. Não tive contato com a medicação e mais nada. Foi perto da triagem, não tenho uma base de quanto tempo ela ficou, mas provavelmente no período da tarde das 13h às 19h30”, diz o enfermeiro. A mãe da paciente retornou ao hospital para buscar a filha e foi informada que ela já tinha ido embora. No entanto, não encontrou a filha em casa, foi novamente até a unidade de saúde de Ibiporã e descobriu que ela estava inconsciente em um quarto aos fundos. O local, segundo o relato do funcionário, era utilizado frequentemente. “Ela deu entrada na triagem, na sala de observação, onde é feita medicação, perto do raio-x, para quando é preciso fazer. Também tem os quartos dos fundos e os pacientes são deslocados para lá quando há demanda na emergência”, explica o funcionário. A jovem precisou ser transferida ao Hospital Universitário intubada, se recuperou na UTI e já recebeu alta médica. A suspeita da família é que ela tenha sido dopada e abusada sexualmente, pois estava com sangramento nas partes íntimas. A denúncia grave é apurada pela Polícia Civil que deve ouvir a paciente nos próximos dias e aguarda um laudo do IML. O hospital abriu uma sindicância e está colaborando com as investigações. O plantão do enfermeiro que conversou com a equipe é de 12 horas. Quando ele saiu do trabalho, a jovem ainda não tinha sido encontrada em estado grave. Ele ficou surpreendido com o que aconteceu e está sendo representado por um advogado. “Ele está sendo ouvido na condição de testemunha nesse primeiro momento. Foram ouvidos outros profissionais que faziam o plantão, que tiveram contato direto ou indiretamente com a paciente”, afirma o advogado Mauro Martins. “É uma fatalidade que não pode acontecer dentro do hospital. Entendo o lado da família, mas eles também têm que entender o lado dos profissionais”, finaliza o enfermeiro.

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