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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

PEDIDO DE RECUPERAÇÃO DO GRUPO VILELA É APROVADO EM ASSEMBLEIA

O pedido de recuperação judicial do Grupo Vilela, empresa de insumos, produção e comercialização de grãos de Cornélio Procópio (Norte Pioneiro) foi aprovado no dia 9 de junho em assembleia geral de credores com média de 80% de deságio e prazo de 15 anos para pagamento. O plano foi homologado na última sexta-feira (15) pela juíza Thais Terumi Otto, da 1ª Vara Cível de Cornélio Procópio. A dívida do grupo submetida à recuperação judicial é de R$ 542 milhões. O plano apresentado leva em consideração o fluxo de caixa da empresa no momento de entrada do pedido de recuperação judicial, afirma Alan Rogério Mincache, do escritório Federiche Mincache Advogados, que presta assessoria jurídica para o grupo em conjunto com a assessoria financeira EXM Partners. Segundo Mincache, o plano de recuperação judicial foi aprovado por 100% do grupo de credores formado por microempresas e empresas de pequeno porte, 99% dos credores trabalhistas, 91,59% dos credores fornecedores, chamados de quirografários, e 64% dos credores em geral com garantia real. O Grupo Vilela chegou a faturar R$ 1,2 bilhão em 2016. O pedido de recuperação judicial, feito em 2019, se deu devido a uma crise financeira decorrente de sucessivas quebras de safra que atingiram os clientes, refletindo na operação da empresa, afirma Mincache. A escassez de crédito, os juros altos e a política do País também motivaram o pedido, ele acrescenta. Com a aprovação e homologação do plano de recuperação judicial, o grupo pretende crescer 30% e contratar cerca de 250 pessoas até 2025, voltando a atingir o faturamento de R$ 1,2 bilhão. "Com a aprovação e homologação do plano de recuperação judicial, nosso endividamento e o prazo para pagamentos dos nossos compromissos ficaram compatíveis com a nossa receita", declarou João Vilela, um dos sócios do grupo. "O que esperamos a partir desse momento que a Vilela estará saudável financeiramente, é que venha a ter um crescimento constante, de 20% a 30% ao ano, para que possamos a médio prazo retomarmos a contratação de novos profissionais para atendermos nossos clientes, que sempre confiaram na empresa e temos certeza estarão conosco nesse nosso ciclo que se inicia”, ele completa. FONTE - FOLHA DE LONDRINA

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