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sábado, 20 de fevereiro de 2021

NESTE SÁBADO COMEMORA O DIA DO COMBATE ÁS DROGAS E ALCOOLISMO CADA VEZ MAIS JOVENS ATEM AUMENTO DE CONSUMO

O Dia do Combate às Drogas e Alcoolismo, celebrado neste dia 20 de fevereiro, é uma oportunidade de chamar atenção para um problema grave no Brasil. Segundo levantamento do Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool) publicado em 2020, os adolescentes estão experimentando bebidas alcoólicas cada vez mais cedo. A idade média da primeira ingestão é de 12,5 anos. Entre estudantes de 13 e 15 anos, 55% já consumiram bebida alcoólica, 23,8% ingeriram álcool no último mês e 21,4% já sofreram algum episódio de embriaguez. Outro estudo, lançado recentemente pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), aponta que 7 milhões de adolescentes abaixo dos 18 anos já fizeram uso do álcool pelo menos uma vez na vida, o que corresponde a 34% deste público no Brasil. As consequências desse cenário, alerta a vice-presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e outras Drogas), Alessandra Diehl, são preocupantes. "Pesquisas apontam que quanto mais cedo se começa a usar álcool, maiores as chances de se desenvolver o alcoolismo na vida adulta", observa a especialista, que ressalta a lucratividade envolvida na indústria do álcool. "Uma verba milionária é voltada para propagandas que atingem em cheio adolescentes, especialmente na promoção de esportes e programas destinados a esse público. Campanhas de marcas de cervejas, por exemplo, têm grande influência entre os mais jovens", comenta. Diehl lamenta que a legislação no Brasil ainda não impeça a publicidade de álcool direcionada a crianças e adolescentes. Segundo o Cisa, 43% dos jovens que relatam já ter ingerido álcool obtém a substância em festas; 17,8% com amigos; 9,4% com alguém da família; 3,8% em casa, sem permissão; 3,8% dando dinheiro para que alguém compre; e 1,6% com vendedores de rua. Entre as motivações para o consumo, estão a pressão social e aceitação pelo grupo de amigos, o exemplo de pais e familiares, o comportamento típico adolescente de assumir riscos e a percepção equivocada de que é normal beber com frequência e em quantidades exageradas. A vice-presidente da Abead explica que o alcoolismo é considerado uma doença crônica caracterizada justamente pelo consumo excessivo de álcool. Apesar da droga ser considerada lícita, suas consequências podem ser letais. "Quem começa a beber na adolescência tem duas vezes mais chances de sofrer lesões não intencionais quando está sob influência do álcool", destaca.

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