Uma denúncia de suposto estelionato pode levar a Câmara Municipal de Londrina (CML) a abrir uma Comissão Processante (CP) contra o vereador Emerson Petriv (PR), o Boca Aberta. Ele é acusado pela enfermeira Regina Amâncio de ter incorrido na prática criminosa ao pedir dinheiro para eleitores por meio de redes sociais para quitar uma multa eleitoral. A representação foi analisada pela Mesa Executiva na manhã desta quinta-feira (4), junto com outras duas, contra o mesmo parlamentar.
Além da acusação de estelionato, a Mesa Executiva também analisou os pareceres sobre representação dos médicos da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Jardim do Sol, nos episódios envolvendo a "Blitz da Saúde", em janeiro deste ano, e uma representação por quebra de decoro protocolada pelo presidente da Câmara Municipal de Jataizinho, Maurilio Martielho (PSD), que se sentiu ofendido pelo vereador londrinense em uma audiência pública sobre o Contorno Norte – obra viária que a concessionária Econorte queria deixar de lado em troca de adiantar a duplicação da BR-369 entre Jataizinho e Cornélio Procópio.
Em relação à reclamação dos médicos, a Mesa Executiva considerou que Boca Aberta não poderia ser punido duas vezes por uma mesma ocasião. Ele já sofreu advertência por escrito, conforme decisão da Comissão de Ética, com base em representação de Regina Amâncio contra o vereador pela Blitz da Saúde.
A Mesa Executiva também abriu prazo de dez dias para que Boca Aberta apresente sua defesa prévia em relação à representação de Martielho. O vereador de Jataizinho afirma que, na audiência, Boca Aberta "proferiu expressões ofensivas, difamatórias e preconceituosas" contra prefeitos e vereadores da região.
No caso que mais chama a atenção, o vereador é acusado de estelionato ao pedir dinheiro para eleitores para pagar uma multa aplicada pela Justiça Eleitoral, no valor de R$ 8 mil - como parlamentar, Boca Aberta tem salário de quase R$ 13 mil, mas doa a maior parte para o Hospital do Câncer. Na denúncia, a autora descreve Boca Aberta afirmando nos vídeos que foi multado "em defesa do povo", o que culminaria em ato incompatível com a vereança, conforme descrito no artigo nono do Código de Ética.
Segundo o presidente da Câmara, Mario Takahashi (PV), a procuradoria jurídica entendeu que a denúncia da enfermeira preenche requisitos formais e que trazem indícios de houve ofensa ao artigo citado por ela. Por isso, a Mesa Executiva vai levar a denúncia a plenário, que decide se instala uma Comissão Processante (CP) contra o vereador. "Quem apura questões de mérito, ouve as partes, faz a coleta de informações é a CP, se aceita a denúncia pelo plenário", explica o presidente. bonde.com
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