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quinta-feira, 28 de julho de 2022

POLÍCIA FEDERAL E RECEITA FEDERAL DEFLAGRARAM OPERAÇÃO COM OBJETIVO DE DESARTICULAR GRUPO CRIMINOSO CONTRA VÁRIOS C RIMES

A Polícia Federal, em trabalho conjunto com a Receita Federal do Brasil, deflagrou nesta quinta-feira (28), a Operação Traders, com o objetivo de desarticular grupo criminoso que praticava crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra o mercado de capitais e realizava prática conhecida como pirâmide financeira em diversas cidades paranaenses. O grupo ainda operava em Santa Catarina, São Paulo Rio e Rio de Janeiro. Os investigados A investigação apontou que retornos acima daqueles praticados no mercado eram prometidos (lucros de até 6,4%), embora as “mesas proprietárias” apresentassem perdas consistentes, principalmente em operações de “day trade”, ou seja, além de não aplicar na bolsa de valores a integralidade dos recursos, o que era aplicado, normalmente resultava em prejuízo. As operações eram feitas através de, pelo menos, 22 empresas não autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado. Os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à CVM, sem lastro ou garantia suficientes e sem autorização prévia da Comissão de Valores Mobiliários. Com o passar do tempo, e como é percebido no histórico de esquemas assim, os investigados não conseguiam mais honrar os compromissos assumidos, vez que os valores arrecadados não eram de fato investidos em operações de bolsa de valores e, quando eram, não resultavam nos lucros prometidos. A partir disso, a líder do esquema, que residia em Umuarama/PR, passou a dissimular o objeto fictício das empresas, tendo apresentado aos clientes, ora vítimas, a alegação de que iria migrar de “operações em bolsa de valores” para criação um “banco digital” e que, deste novo empreendimento, conseguiria honrar os contratos de pagamentos de valores, estes muito superiores ao que o mercado real costuma pagar a investidores. Foram mobilizados aproximadamente 70 Policiais Federais e 15 servidores da Receita para o cumprimento de 17 mandados judiciais, nas cidades de Umuarama, Guaíra, Douradina, Foz do Iguaçu e Curitiba, todas no Paraná, e em Taboão da Serra/SP. Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o sequestro de automóveis, imóveis e criptoativos. As ordens foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba. A investigação se iniciou em 2021, a partir da identificação das primeiras filiais das empresas de “operação em bolsa de valores” em pequenas cidades da fronteira paranaense com o Paraguai, como Guaíra, Douradina e Umuarama. Os valores aplicados/investidos pelas vítimas variavam de R$ 1 mil (valor mínimo aceito pelo grupo), sem limite máximo. Vale destacar que algumas pessoas investiram cifras que ultrapassaram um milhão de reais. Com informações da Polícia Federal.

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