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sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

FALSA MÉDICA É PRESA EM CORONEL VIVIDA ELA ATENDEU MAIS DE 1,400 PACIENTES

Uma falsa médica foi presa, nesta quinta-feira (13), em Coronel Vivida, no sudoeste do Paraná. De acordo com a Polícia Civil, ela atendeu mais de 1,4 mil pacientes no município. A suspeita poderá responder pelos crimes de exercício ilegal da medicina e estelionato, conforme a polícia. A investigação teve início após colegas de trabalho desconfiarem da atuação da mulher, que realizava plantões na Unidade Básica de Saúde (UBS) Central do município. Segundo a polícia, ela atuava há quatro meses na unidade, mas não atendia casos graves. "Ela por não ter formação, tirava plantão na área central porque o trabalho é feito por dois médicos. E quando surgia a situação de pacientes mais graves, com risco, ela apelava para que o colega que realmente é médico, atendesse o paciente", disse o delegado Romulo Ventrella. A mulher, segundo a polícia, é de Londrina, no norte do Paraná, e tem formação como técnica em química. À polícia, ela informou que durante alguns anos atuou como recepcionista em clinicas médicas e como conhecia a rotina de trabalho, tentou se passar por médica. Segundo a polícia, ela prescrevia medicamentos e solicitava exames para as pessoas que eram atendidas por ela. A polícia agora apura se houve algum paciente lesado pelo atendimento dela. O delegado informou que a mulher usava o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) de uma médica que atua em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, e que tem o mesmo primeiro nome que ela. Contratação Conforme o delegado, a contratação é objeto de investigação. Ela iniciou a atuação após passar por seleção feita via processo de licitação onde uma pessoa jurídica contratada pelo município é responsável pela contratação dos médicos que farão atendimentos na rede municipal de saúde. "Contratação de uma pessoa jurídica, pelo município e essa pessoa jurídica é quem contrata esses médicos. E foi nessa contratação, ao nosso entender, que ocorreu o erro por não terem sido exigidos os documentos necessários", comenta o delegado. Segundo o delegado, ela demonstrou interesse na vaga e a documentação como CRM foi exigida. Mas ela teria iniciado a atuação sem entregar os documentos e quando eram solicitados, ela inventava situações para postergar a entrega. Conforme a investigação, a mulher tentou aplicar o mesmo golpe em São João do Ivaí, no norte do estado, mas a empresa exigiu o diploma e ela apresentou um falso diploma, sendo descoberta a fraude. O prefeito do município, Anderson Manique Barreto (PDT), informou que a administração tomou conhecimento do fato no início da semana e que a secretaria de saúde acionou a polícia para investigar o caso. Em coletiva, ele disse que o município vai tomar as medidas cabíveis, especialmente na esfera jurídica, para eventualmente responsabilizar quem tenha essa responsabilidade.

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