Uma operação da Polícia Federal (PF), realizada na manhã desta
terça-feira (25) em Londrina, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão
em empresas da cidade. O alvo é o combate aos crimes de contrabando e
descaminho, corrupção passiva e associação criminosa. A investigação
apura, entre outras coisas, a importação de roupas do exterior sem o
recolhimento devido de impostos. Etiquetas e várias peças de vestuário
foram recolhidas pelos 50 policiais federais e auditores da Receita
Federal que participaram da operação.
A maioria das empresas onde a PF cumpriu os mandados judiciais
nesta manhã está localizada nas proximidades da Rodoviária de Londrina.
Um dos estabelecimentos, inclusive, já foi alvo de investigação da
Operação Publicano, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), que apurou a sonegação de impostos a partir do
pagamento de propina a funcionários da Receita Estadual. Até as 11
horas, os nomes das empresas não haviam sido divulgados.
Em nota enviada à imprensa, o delegado da Polícia Federal, Sandro
Roberto Viana dos Santos, explicou que, depois de importadas, as roupas
trazidas do Paraguai e China tinham as etiquetas trocadas. O material
ficava armazenado em barracões localizados em Londrina e Ibiporã e era
vendido em lojas que também integravam o mesmo grupo criminoso. A
estimativa da PF é de que a comercialização irregular dos produtos
gerava um faturamento mensal de cerca de R$ 15 milhões - deste total,
apenas R$ 4 milhões eram acobertados por notas fiscais.
O grupo criminoso também é investigado por usar "laranjas" para
abrir empresas de fachada com o objetivo de ocultar a real movimentação
financeira do esquema. Isso teria sido feito, segundo a Polícia Federal,
com o conhecimento de agentes públicos da Receita Estadual, mediante
pagamento de propina para evitar fiscalizações. JL.
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