Em Assis (SP), uma mulher fez uma cirurgia para não ter mais filhos, mas pouco tempo depois descobriu que já estava grávida. Agora, faltando poucos dias para o nascimento da criança, a família tem medo que aconteçam complicações no parto.
Maria Lúcia Ferreira Barbosa e o marido estão prestes a ter a terceira filha. Só que a gravidez não foi planejada. A dona de casa fez uma laqueadura em março, uma operação que impossibilita a mulher de ficar grávida novamente.
O problema é que quando fez a cirurgia, ela já estava grávida de três meses. Maria Lúcia e o médico que fez o procedimento não sabiam. "Fiquei espantada porque eu não esperava. Ele poderia ter falado que não tinha como fazer porque eu estava grávida já e que depois do nascimento a gente voltava a conversar e pensar no procedimento”, conta.
O prontuário da Santa Casa mostra que a dona de casa realmente passou pela cirurgia no dia 4 de março com o médico Ariosvaldo Giansante. A poucos dias de ganhar mais uma menina, Maria está com medo do parto. "Eu estou com medo da bebe nascer, com alguma coisa. Tomara que Deus venha a abençoar e que ela venha perfeita E quero que o médico pague pelas consequências. Ele vai lá abre uma pessoa e nem exame pediu”, reclama a mulher.
O marido dela também está apreensivo em relação a saúde da esposa. Ele diz que não tem condições de cuidar de mais uma filha. "Eu tenho medo de perder a minha filha que vai chegar, de perder a minha esposa. Estou preocupado com o remédios que ela tomou, não vai ser um parto normal, vai ser cesariana. Estamos com aluguel atrasado, temos que comprar berço, roupa para criança. A situação está bastante complicada”, afirma o pintor Natalino Flausino.
A administradora da Santa Casa informou que são feitos exames antes da laqueadura, mas que em caso de suspeita de gravidez, a paciente precisa informar os médicos, o que, segundo ela, não foi feito. "Nós temos um projeto da saúde com a prefeitura de saúde familiar, por isso ela passa por uma entrevista, tanto ela como o esposo. Quando ela vem pra unidade hospitalar, ela faz todos exames preparatórios que contemplam este projeto e o nosso protocolo de atendimento, e nenhum momento ela colocou a possibilidade de gestação. A gente podia ter pedido um Beta HCG, um ultrassom, se ela tivesse notificado ou colocado a suspeita”, ressalta Isabel Cristina Guedes Mazali.
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