A morte da esposa de um policial civil em Cascavel, no oeste do Paraná,
na noite de quinta (25) pode ter sido encomendada, segundo a polícia.
A vítima também trabalhava na área de segurança pública. Ela era psicó-
loga na Penitenciária Federal de Catanduvas, na mesma região, desde
2009, e integrava uma comissão que avalia as condições psicológicas
dos presos.
De acordo com o delegado da Polícia Federal em Cascavel, Marco Smith,
se comprovado que houve a encomenda da morte em função do cargo
que ela exergia, a competência das investigações, agora a cargo da
Polícia Civil, passará a ser federal. "Este crime pode ter sido motivado
por uma vingança ou ser usado como um alerta para outros profissio-
nais da área", destacou.
O crime ocorreu em um condomínio no Bairro Canadá, quando o
policial e a mulher chegavam em casa com o filho de dez meses e
foram surpreendidos pelo grupo.
"Eles estavam chegando em um veículo quando o grupo adentrou
atirando. Eles estavam fora do condomínio e assim que o portão foi
aberto eles entraram", comentou o delegado Rodrigo Baptista Santos.
Na troca de tiros, um suspeito morreu e o policial foi gravemente ferido.
Ele foi socorrido, passou por cirurgia e permanece internado na UTI do
Hospital Universitário em estado grave e estável.
As investigações apontam que os responsáveis pela morte da psicóloga
estavam na cidade havia uma semana e alugaram uma casa no Jardim
Colmeia, na região norte, onde foram presos dois suspeitos na
madrugada desta sexta-feira (26).
O local foi identificado após uma denúncia anônima. E, na troca de
tiros com a polícia, outro suspeito foi morto. Ainda de acordo com os
policiais, no local foram encontrados dois fuzis e uma pistola.
Os dois presos foram levados para a delegacia e ouvidos. A polícia afirma
que um deles é de Maringá, no norte, e faz parte de uma facção criminosa,
e outro da região de Curitiba. As buscas por outros envolvidos continuam
e são conduzidas por policiais civis, militares e federais. A polícia acreditava
inicialmente que o casal tinha sido vítima de uma tentativa de assalto.
Imagens de câmeras de monitoramento do condomínio devem ajudar a
identificar os responsáveis. Logo após o crime, um veículo supostamente
usado na fuga foi apreendido e deverá passar por uma perícia. Havia manchas
de sangue no banco de trás do automóvel.
O corpo da psicóloga será velado na Capela Master da Acesc até as 18h.
Depois segue para Bauru (SP), onde moram os familiares.
Por meio da assessoria de imprensa, o Departamento Penitenciário (Depen)
informou que por enquanto não deve se pronunciar e que aguarda o
andamento das investigações.
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