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terça-feira, 30 de maio de 2017

EX. MINISTRO GUIDO MANTEGA RECONHECE QUE TINHA US$ 600 MIL EM CONTA NA SUÍÇA

A defesa do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega entregou à Justiça 
nesta segunda-feira (29) um documento em que reconhece a existência
 de uma conta não declarada na Suíça, com saldo de US$ 600 mil. De 
acordo com a petição, o dinheiro foi obtido com a venda de um imóvel 
que pertencia à família e não ao suposto recebimento de propina.
No documento, o ex-ministro disse que a conta foi aberta antes de 
assumir o cargo na Fazenda. Ele também abriu mão do sigilo fiscal e 
repassou às autoridades os dados da conta bancária na Suíça. 
Ainda de acordo com o advogado, Mantega não espera ser perdoado 
pelo erro fiscal, ao não declarar a conta fora do Brasil.
"Aproveita, outrossim, para esclarecer que não espera perdão nem 
clemência pelo erro que cometeu ao não declarar valores no exterior,
 mas reitera que jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de 
qualquer natureza como contrapartida ao exercício da função pública, 
conforme poderá inclusive confirmar o extrato da conta, documento que 
o peticionário se compromete a apresentar tão logo o obtenha da instituição
 financeira", diz o advogado.

Alvo da Lava Jato

 é suspeito de ter solicitado pagamentos a campanhas do Partido dos
 Trabalhadores (PT), em 2012. De acordo com a suspeita, o dinheiro
 teria sido repassado ao casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura. .
O inquérito ainda está correndo na Polícia Federal e não há um processo 
aberto contra ele.
Mantega chegou a ser preso no início daquela manhã no Hospital Albert
 Einstein, onde estava para acompanhar a esposa que tem câncer, mas 
a prisão foi revogada no início da tarde. Na ocasião, o juiz Sérgio Moro, 
responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância, afirmou que 
não tinha conhecimento do estado de saúde da esposa do Mantega.
Ainda em 2016, Moro decretou o bloqueio de até R$ 10 milhões das 
contas bancárias do ex-ministro e de mais sete investigados na 34ª fase.
O ex-ministro também é alvo de dois inquéritos que foram abertos no
 Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de informações obtidas com
 a delação de executivos ligados à Odebrecht. Os dois procedimentos
 foram encaminhados a Curitiba, após a quebra do sigilo das delações.

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