quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

EMPRESÁRIO DE LONDRINA APONTADO COMO UM DOS POSSÍVEIS FINACIADORES DOS ATOS GOLPISTAS EM BRASÍLIA NO ÚLTIMO DIA 08 DE JANEIRO

Um empresário de Londrina apontado como um dos possíveis financiadores dos atos golpistas em Brasília, Pedro Luis Kurunczi, já foi condenado por crime contra o sistema tributário. Em uma denúncia do Ministério Público Federal, o empresário alegou que uma de suas empresas em 2011 e 2012 teve lucro de R$ 2 milhões, enquanto a Receita Federal descobriu que os livros contábeis da firma registrava cerca de R$ 14,5 milhões em notas fiscais. As informações são do 24H News . Kurunczi cumpriu dois anos de pena em regime aberto, o que segundo sua defesa foi convertido em prestação de serviços comunitários e multa. Cerca de R$ 1,2 milhão em imposto de renda e tributações foram sonegados, de acordo com o MP. O empresário, dono de uma empresa de engenharia em Londrina, também fez uma doação de R$ 22 para a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro. O valor é o mesmo número usado pelo candidato na urna. O escritório cujo Pedro é sócio e que foi alvo da operação da Receita tem capital social declarado de R$ 600 mil. Na época, a defesa dele alegou que o “tributo foi apurado com base no arbitramento do lucro, havendo mera presunção de sonegação” e ainda que ele “não poderia ser condenado apenas por ser sócio, não havendo indícios de autoria”. A decisão da Justiça, porém, manteve a condenação do empresário e o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), João Pedro Gebram Neto, rechaçou as alegações apresentadas pela defesa. “O conjunto probatório dá conta de que o apelante era não somente o proprietário da empresa como o efetivo responsável pela gestão do negócio e, nessa medida, atuava com poder de mando sobre organização no âmbito da qual foram praticados os ilícitos descritos na denúncia. Tanto é assim que PEDRO efetivamente orientava o trabalho do contador, informando inclusive a alíquota a ser aplicada para o recolhimento de tributos e o regime de tributação, de acordo com o relato do profissional, que foi corroborado pelos e-mails enviados ao escritório de contabilidade”, escreveu o desembargador em sua decisão de 2018. Financiamento dos atos Kuzunczi teve seus bens parcialmente bloqueados a pedido da Advocacia Geral da União (AGU). Um levantamento feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostrou que ele teria fretado quatro ônibus de Londrina para levar manifestantes a Brasília. A defesa do empresário disse que ele estava na capital federal durante os protestos e criticou a AGU. — Ele não pagou e não financiou o valor todo. O contrato precisa ficar no nome de uma pessoa e, ele sendo empresário esclarecido, acabou deixando no nome dele. Várias pessoas fizeram essa arrecadação para participar da manifestação em Brasília. O que era discutido era uma manifestação pacífica. Pedro não tinha conhecimento e muito menos incentivou atos de vandalismo. Ele simplesmente ajuizaram uma ação contra todos que fretaram ônibus a Brasília. É uma regra ter a relação de passageiros, e eles têm condições de apurar se alguém teve relação com vandalismo – disse a advogada Ana Paula Delgado, que representa o empresário. Acerca da condenação por crime tributário, a advogada relatou que o empresário cumpriu toda sua pena de maneira integral.

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