87 VEÍCULOS APREENDIDOS APÓS TERRORISTAS INVADIREM TRIBUNAL FEDERAL E PALÁCIO DO PLANALTO EM BRASILIA

De 87 veículos apreendidos depois dos ataques terroristas no Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto, em Brasília (DF), pelo menos 10 foram identificados como sendo do Paraná. O ataque de bolsonaristas radicais aconteceu na tarde de domingo (8). Por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foram apreendidos veículos estacionados na região da Granja do Torto que, segundo o magistrado "trouxeram os terroristas para o Distrito Federal". VEJA OS VEICULOS JAE5C39 - Volvo Busscar TRANSGIRO TURISMO E VIAGENS LTDA - Cascavel BCI4100 - Volvo Busscar Panorami MONTANA TURISMO LTDA - Curitiba BBT6825 Viação Garcia - Londrina BBN6956 Viação Garcia - Londrina BBN4963 Viação Garcia - Londrina BDI1A49 Brasil Sul Linhas Rodoviárias - Londrina BBS8249 Brasil Sul Linhas Rodoviárias - Londrina AJO9G41 - Volvo Paradiso Viação JMC Eireli - Pinhais AZZ1590 - Volvo Paradiso Italianinha Transportes de Passageiros Ltda - Matelândia BAG0381 Expresso Princesa dos Campos - Ponta Grossa O que dizem os citados Em contato por telefone às 11h06, um representante da Montana Turismo, de Curitiba , disse que "não temos nada a falar" sobre a apreensão do ônibus da empresa. Segundo a Transgiro Turismo e Viagens LTDA, o veículo listado pelo STF está "a turismo em Brasília" e não se encontra nos arredores da Graja do Torto, mas em Planaltina. "Neste momento, de acordo com nossos motoristas, nenhum veículo foi apreendido", afirmou a empresa às 11h10. As empresas Viação Garcia e a Brasil Sul afirmaram que os ônibus apreendidos "tratam-se de veículos fretados por particulares devidamente contratados de forma legal, com lista de passageiros, emissão de nota fiscal e comprovante de pagamento pelo contratante". Sobre divulgar os nomes dos contratantes dos ônibus, as empresas informaram que atuam "no sentido de colaborar com as autoridades competentes sendo que, em virtude de confidencialidade contratual e das diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP), as informações pertinentes a tais contratações poderão ser fornecidas somente mediante solicitação oficial das referidas autoridades". Também em nota, as empresas também disseram que repudiam "veementemente qualquer ato de violência e vandalismo contra o patrimônio público e não incentiva a prática de qualquer ato de natureza antidemocrática". A Expresso Princesa dos Campos afirmou que "repudia qualquer ato de violência ou de natureza antidemocrática" e destacou que "possui o serviço de fretamento de ônibus, um dos braços de negócios da empresa, e que durante o último fim de semana houve um fretamento realizado saindo da cidade de Ponta Grossa". A empresa ressaltou que está à disposição dos órgãos competentes para qualquer esclarecimento e disse que não pode divulgar nomes dos passageiros por conta da LGPD. Terrorismo em Brasília Na tarde de domingo (8), bolsonaristas invadiram e depredaram os prédios dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) em Brasília. Alexandre de Moraes determinou a apreensão e bloqueio de 87 ônibus identificados pela Polícia Federal que levaram "terroristas para o Distrito Federal", em suas palavras. O ministro determina que os proprietários devem ser ouvidos em até 48 horas, e são obrigados a apresentar a "relação e identificação de todos os passageiros, dos contratantes do transporte, inclusive apresentando contratos escritos caso existam, meios de pagamento e quaisquer outras informações pertinentes".