sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

JUSTIÇA CONCLUI QUE NÃO HOUVE CRIME NA MORTE DE OLGA APARECIDA DOS SANTOS

A Justiça arquivou as investigações sobre a morte de Olga Aparecida dos Santos, que tinha 51 anos, caiu de um apartamento e foi encontrada sem vida na garagem do edifício na rua Mato Grosso, no centro da cidade, no dia 24 de junho de 2018. A decisão da juíza Isabela Ferreira Noronha concluiu que não tem elementos que apontam para um crime. Os quatro investigados agora são considerados inocentes.
Luis Reis Garcia, de 73 anos, que era casado com Olga foi investigado como suspeito de ter jogado ela do apartamento, que fica no quarto andar. Ele chegou ser detido no dia do falecimento da mulher e utilizou tornozeleira eletrônica durante o processo, ficando privado de sair de casa em dias e horários específicos. Os irmãos de Luis, sendo Amaury Luiz Garcia e Antonia Helena Garcia, e ainda seu sobrinho, Cleverton Luiz Garcia, também foram detidos com a suspeita de alterar supostas provas no imóvel. Ambos foram absolvidos.
Conclusão 
Prédio fica no centro de Londrina. Foto: WhatsApp Paiquerê
O corpo de Olga apresentava algumas lesões na barriga e outras partes. Foram necessários mais de um laudo para constatar que os furos na região abdominal não eram marcas de facadas. Ela passou por uma cirurgia bariátrica poucos dias antes de sua morte e se tratavam dos curativos do procedimento. “Os cortes constatados no supercílio e cotovelo. os quais certamente não eram provenientes da gastroplastia realizada, foram confirmados como decorrentes do impacto do corpo com o chão, após a queda”, afirma a decisão.
Com isso, foi descartada a possibilidade dela ter sido esfaqueada durante um desentendimento com o esposo antes da morte. Quanto a limpeza realizada nos cômodos foram coletadas “luminol” para verificar se havia sangue não aparente. Após a análise, concluiu que havia sangue humano apenas nos locais que não foram limpos pelos familiares, sendo de Luis Garcia. “Qual possuía um corte no braço no momento de sua detenção. Salienta-se que é compreensível haver sangue na parede do cômodo, ele possui alguma dificuldade de se locomover e andava apoiando se nas paredes”, afirma o documento.
Ainda segundo a Justiça, não tem elementos que indiquem que os investigados empurraram a mulher. “Testemunhas que presenciaram a briga antes do falecimento de Olga afirmaram que era ela quem estava em cima de Luis, segurando fortemente seus braços, dizendo que Luis queria se matar e que ela não aguentava mais aquela vida”, aponta. Além disso, prontuários médicos revelaram que ela possuía intenções suicidas muito antes de sua morte devido à depressão aguda. Ela já teria sido internada por excesso de ingestão de medicamentos.

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