Uma operação da Polícia Civil do Paraná cumpriu nesta quinta-feira (3), 50 mandados judicias contra alvos ligados a uma organização criminosa suspeita pela venda ilegal de terrenos no Cemitério Municipal São Lucas, em Ibiporã. Segundo o Dr. Thiago Vicentini delegado responsável pelas investigações, a quadrilha retirava ossadas de pessoas enterradas no local e as descartava em lugares irregulares.
Paulo Ribeiro, que atua como diretor do cemitério há mais de dez anos, foi preso juntamente com outros suspeitos. Ao todo, 13 pessoas tiveram mandados de prisão temporária decretados com base nas investigações. Também foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, na cidade de Ibiporã e Londrina. Outros 15 mandados relacionados a sequestro de bens adquiridos com o dinheiro do crime foram cumpridos.
Luiz Fernando Nunes Pereira, esposo de Paulo Ribeiro e proprietário da academia que teve seus equipamentos apreendidos pela Polícia Civil também é suspeito de participar das ações. Entre outros bens estavam automóveis de uma funerária de Ibiporã.
O vereador Rafael do Nascimento de Oliveira, o “Rafael da Farmácia”, concedeu entrevista para a redação do Portal Tudo e conta que foi até a delegacia por conta própria para prestar sua versão e disse que vai colaborar com as investigações.
A polícia apurou que o diretor do cemitério exigia vantagem de pessoas que pretendiam enterrar entes no Cemitério Municipal. Ribeiro dizia às vítimas que os terrenos eram particulares, e por isso era necessário pagar valores que variavam entre R$ 2 mil e R$ 22 mil.

Também conforme a Polícia Civil, os criminosos se aproveitavam de famílias que tiveram familiares mortos em acidentes de trânsito e resgatavam de forma ilegal valores provenientes do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
Prefeitura de Ibiporã
O prefeito de Ibiporã João Toledo Coloniezi, durante a visita do governador a Londrina, falou com jornalistas e se disse ‘surpreso’ com as investigações. Coloniezi informou que irá aguardar os próximos desdobramentos e informações do Ministério Público e Polícia para tomar as providências cabíveis e não descarta abrir procedimentos administrativos contra os envolvidos.
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