A Polícia Civil cumpre doze mandados judiciais em uma opera-
ção que apura um esquema de corrupção que causou um preju-
ízo superior a R$ 1 milhão ao Hospital Universitário de Londrina,
no norte do Paraná. Foram expedidos oito mandados de busca
e apreensão e cinco de sequestro de bens. Não há mandados
de prisão expedidos.
As investigações começaram em outubro 2017, por meio de
denúncias do Tribunal de Contas do Estado do Paraná
(TCE-PR), quando se suspeitou que uma servidora pública,
responsável pela Secretaria da Diretoria Clínica do Hospital
Universitário, fraudava licitações para a contratação de serviços
médicos através de empresas terceirizadas. Dessa forma,
pagamentos indevidos eram gerados. A servidora inves-
gação detalhou que a servidora copiava o Registro Demonstrativo
de Frequência de Trabalho de um médico contratado por um
empresa lícita e lançava junto no processo de pagamento de
uma empresa que era do genro dela, um homem de 26 anos,
que era estudante de medicina veterinária. Conforme a Polícia
Civil, o mesmo trabalho era lançado duas vezes.A Polícia Civil
detalhou que era o genro dessa servidora que lançava notas fiscais
com valor superior aos serviços prestados por médicos legalmente
contratados, dessa forma a servidora conseguia justificar os
gastos ao Estado.
Outra empresa, de uma médica recém- formada, que tem 29
anos, e que era a responsável técnica na empresa do genro
da servidora, ganhou uma licitação e o esquema fraudulento
passou a ser realizado pelas duas empresas, que foram criadas
especificamente para fraudar licitações. Uma terceira empresa
ainda é investigada no caso, ela teria recebido um pagamento
de R$ 295 mil e repassado o valor, a pedida da servidora morta,
as outras duas empresas envolvidas. São investigados no
esquema, além do genro da servidora morta, a médica recém-
formada, o dono da terceira empresa envolvida, o filho e o marido
da servidora, o irmão do genro e a ex-diretora clínica e superin-
tendente do Hospital Universitário, que atuava na época que
ocorreram os desvios. Além dos mandados de busca e
apreensão, sequestro de bens, também foram decretadas as
quebras de sigilos bancários de todos os envolvidos. Todos os
suspeitos devem ser indiciados por peculato, falsificação de
documento público, fraude à licitação, organização criminosa e
lavagem de capitais. g1
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