sexta-feira, 5 de outubro de 2018

JUSTIÇA DETERMINA SEQUESTRO DE BENS DO EX. GOVERNADOR BETO RICHA

O juiz Fernando Fischer, da 23ª Vara Criminal de Curitiba, 
determinou o sequestro de bens de Beto Richa e outras 12 
pessoas acusadas na Operação Rádio Patrulha, que investiga 
crimes em um porgrama para a recuperação de estradas 
rurais no Paraná.
Conforme a decisão, de quarta-feira (3). o confisco deve ser
 de até R$ 37.316.406,66, individualmente, com exceção de
 Luiz Abi Antoun, primo do ex-governador, que deve pagar até R$ 12.934.859,00.
Os valores são calculados com base em auditoria realizada pelo
 Ministério Público nos contratos investigados, "embora não seja
 possível precisar, nesta fase processual, o valor total do prejuízo",
 explica o juiz.
O sequestro é para assegurar uma eventual reparação mínima, 
de acordo com a Justiça. "Nada impede que os valores da 
ocasional indenização, quando discutidos definitivamente na 
esfera competente, fiquem aquém ou além dos patamares 
aqui adotados", pontuou Fischer.
A defesa de Beto Richa diz que ainda não teve acesso à
 decisão e, por enquanto, não vai se manifestar.   

Rádio Patrulha

A Operação Rádio Patrulha apura crimes no programa do
 governo estadual Patrulha do Campo, que faz a manutenção
 das estradas rurais, batizada de "Rádio Patrulha".
De acordo com o MP-PR, apura-se o pagamento de propina 
a agentes públicos, direcionamento de licitações de empresas, 
lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.   Beto Richa é 
considerado chefe de uma organização criminosa que fraudou
 uma licitação de mais de R$ 70 milhões para manutenção de 
estradas rurais, em 2011.
A investigação aponta que o esquema criminoso funcionava 
a partir do aluguel de máquinas da iniciativa privada.
Os promotores afirmam que o acordo com empresários 
beneficiados pela licitação previa o pagamento de 8% a 
agentes públicos, a título de propina, sobre o faturamento
 bruto. G1Beto Richa chegou a ser preso na operação — Foto: JN

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