Três policiais foram presos em uma operação contra uma
organização criminosa especializada em furtar bancos e
empresas na região noroeste do Paraná, nesta terça-feira (11).
Além deles, também foram presas mais dez pessoas envol-
vidas no esquema, seis delas em Santa Catarina. Foi preso
um investigador da Polícia Civil de Peabiru e dois policiais
militares de Araruna, um deles está na reserva da corporação.
Além de Peabiru e Araruna, também foram cumpridos
mandados de prisão em Cianorte e São Manoel do Paraná,
na região noroeste, e na região de Joinville, em Santa Catarina.
Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão.
Investigação
A investigação, realizada pelo Ministério Público do Paraná e
pela Polícia Militar (PM), iniciou no fim de 2017. Nesse período,
se descobriu que a quadrilha era dividida em dois núcleos, um
atuava em Santa Catarina e outro no noroeste do estado.
Segundo o promotor Erinton Dalmaso, o líder da organização
morava em Santa Catarina e de lá dava ordens para a realização
dos furtos em cidades do noroeste. Os policiais paranaenses
atuavam repassando informações privilegiadas ao grupo. “A
organização aliciava os policiais e, por eles, as informações
eram repassadas. Antes de praticar o furto, o grupo escolhia o
local, fazia um reconhecimento, avaliando o sistema de
segurança, e depois praticava o crime”, explicou o promotor.
As investigações mostraram que, geralmente, a quadrilha
invadia agências bancárias, postos de combustíveis e outras
empresas pelo banheiro dos estabelecimentos. Os criminosos
posicionavam guarda-sóis em frente às câmeras de monitoramento
e depois transitavam pelos locais sem serem reconhecidos.
“Depois de quebrarem as paredes e invadirem os locais, eles
arrombavam cofres utilizando serras elétricas e pés de cabra”,
disse Erinton Dalmaso. Ao longo das investigações foram
interceptadas ligações telefônicas e ainda teve acompanhamento
dos integrantes do grupo. Os suspeitos devem responder pelos
crimes de furto qualificado e organização criminosa. Os policiais
presos serão levados pela Corregedoria da Polícia para
Curitiba. G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário