O ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado
pelo PSDB, foi preso na manhã desta terça-feira pelo Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) em Curitiba, no Paraná.
Beto Richa é alvo de duas operações: uma realizada pelo
Ministério Público do Paraná (MP-PR), pela qual foi preso,
e outra da Polícia Federal (PF), em uma nova fase da Lava
Jato. Na 53ª etapa da Lava Jato, a casa de Beto Richa foi
alvo de mandado de busca e apreensão.
A defesa de Beto Richa informou, por meio de nota que, até
agora não sabe qual a razão das ordens judiciais e que ainda
não teve acesso à investigação.
O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação
do PSDB para questionar como fica a candidatura de Beto
Richa, porém, até a última atualização desta reportagem, o
partido ainda não tinha se manifestado.
Na última pesquisa Ibope, divulgada em 4 de setembro, Beto
Veja quem mais foi preso pelo Gaeco:
- Fernanda Richa – esposa de Beto Richa e ex-secretária
- da Família e Desenvolvimento Social
- Deonilson Roldo – ex-chefe de gabinete do ex-governador
- Pepe Richa – irmão de Beto Richa e ex-secretário de
- Infraestrutura
- Ezequias Moreira – ex-secretário de cerimonial de Beto
- Richa
- Luiz Abib Antoun – parente do ex-governador
- Edson Casagrande – ex-secretário de Assuntos
- Estratégicos
- Celso Frare – empresário da Ouro Verde As prisões são
- temporárias, com validade de cinco dias. Ao todo, são 15
- mandados de prisão.A investigação do Gaeco é sobre o programa PatrulhaCom exceção de Antoun, detido em Londrina, no norte doAs empresas Cotrans, Ouro Verde e J. Malucelli são inves-Por meio de nota, a J. Malucelli Equipamentos negou a par-A defesa de Deonilson Roldo informou que ainda não teveO G1 também tenta contato com a defesa de todos os citadosDe acordo com o MP-PR, a operação do Gaeco apura dire-Há ainda 26 mandados de busca e apreensão em Curitiba,
53ª fase da Lava Jato
A 53ª fase da Operação Lava Jato prendeu três pessoas- Deonilson Roldo – ex-chefe de gabinete de Beto Richa
- Jorge Theodócio Atherino – empresário apontado
- como operador financeiro do ex-governador
- Tiago Correia Adriano Rocha – indicado como braço-
- direto de Jorge
O G1 tenta contato com a defesa deles.Batizada de "Piloto", a 53ª etapa da Lava Jato cumpriu 36O codinome "Piloto", de acordo com a força-tarefa da LavaA investigação apura um suposto pagamento milionário deAinda segundo a PF, os crimes investigados na atual faseDo total de mandados, três são de prisão (duas preventivasSegundo o Ministério Público Federal (MPF), empresários daO esquema teria sido ajustado em três reuniões entre RoldoAs reuniões e o acerto da propina
Conforme os procuradores, as provas indicaram que, após"Desta maneira, segundo as evidências, ele solicitou propinasA terceira reunião teria ocorrido em 14 de fevereiro de 2014.Após diversos adiamentos dos prazos de entrega dasCompetência
Ao examinar a competência do processo em que DeonilsonInicialmente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandouCom um recurso protocolado junto ao Tribunal RegionalMoro afirma que, após a última decisão, o inquérito eleitoral,Ainda conforme o magistrado, o rastreamento bancário não"Diante do arquivamento do inqúerito eleitoral, aDe acordo com Moro, há a conexão com investigações - confirmou que os valores recebidos da Odebrecht foram usados exclusivamente na campanha, mas que também serviram para enriquecimento pessoal, como indicam os depósitos na conta da
- empresa de Deonilson Rondo, o que configura o crime de corrupção.
- que fixava a competência na Justiça Eleitoral, foi arquivado. Com
- isso, o MPF apresentou a denúncia.
- Eleitoral do Paraná-PR (TRE-PR), a defesa de Richa conseguiu
- reverter essa decisão, e a investigação voltou para a Justiça
- o procedimento para Moro, mas depois determinou que fosse encaminhado para a Justiça Eleitoral, que devolveu o inquérito
- para o magistrado para que fossem investigados os crimes de
- corrupção e lavagem de dinheiro.
- Rodo é réu, o juiz federal SérgioMoro – que é responsável pelos
- processos da Operação Lava Jato na primeira instância –
- considerou o vai e vem do inquérito que investiga Beto Richa
- em relação a suposto pagamento de vantagem indevida destinado
- à campanha eleitoral de 2014, relacionado ao contrato para
- duplicação da PR-323.
- propostas, em 25 de março de 2014, o Consórcio Rota das
- Fronteiras, composto pela Odebrecht, Tucumann, Gel e America
- foi o único a fazer proposta na licitação, segundo o MPF, e
- venceu concorrência pública. O contrato foi assinado em 5 de
- setembro de 2014.
- No encontro, ainda segundo o MPF, o então chefe de gabinete
- afirmou que tinha procurado as empresas CCR e Viapar e que
- elas teriam indicado que não participariam da licitação. No
- entando, o Grupo Bertin tinha interesse na concorrência por
- intermédio da empresa Contern.
- para vender atos praticados no exercício de sua função pública,
- com o pretexto de que supostamente elas seriam usadas em
- campanha", afirmou o MPF.
- uma primeira reunião, Roldo voltou a se encontrar com executivos
- da empresa, informando que a ajudaria ilegalmente na licitação,
- mas para isso contava com o auxílio da empresa na campanha do governador daquele ano de 2014.
- e representantes da empreiteira. No entanto, após perícia da PF
- nos sistemas Drousys e MyWebDay do Setor de Operações
- Estruturadas da Odebrecht, foi verificado que foram pagos
- R$ 3,5 milhões em cinco pagamentos entre setembro e outubro
- de 2014. Os valores teriam sido entregues em São Paulo, em um condomínio relacionado à sogra de Jorge Atherino.
- Odebrecht realizaram um acerto de subornos com Deonilson
- Roldo, para que ele limitasse a concorrência da licitação para
- duplicação da PR-323, entre os municípios de Francisco Alves
- e Maringá. Em contrapartida, a Odebrecht pagaria R$ 4 milhões
- a Roldo e ao seu grupo.
- e uma temporária) e 33 são de busca e apreensão.
- são corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de
- dinheiro.
- vantagem indevida em 2014 pelo setor de propinas da
- Odebrecht em favor de agentes públicos e privados no Paraná,
- em contrapartida ao possível direcionamento do processo
- licitatório para investimento na duplicação, manutenção e
- operação da PR-323.
- Jato, se refere a Beto Richa na planilha da Odebrecht.
- mandados judiciais em Salvador (BA), São Paulo (SP),
- Lupionópolis
- (PR) Colombo (PR) e Curitiba (PR).
- em Curitiba. São elas:
- Londrina, Santo Antônio do Sudoeste e Nova Prata do Iguaçu.
- cionamento de licitação para beneficiar empresários, pagamento
- de propina a agentes públicos e lavagem de dinheiro do
- Patrulha do Campo, entre 2012 a 2014.
- na reportagem.
- acesso às ordens judiciais.
- ticipação em qualquer irregularidade e disse que não firmou
- qualquer contrato com o Governo do Paraná relacionado às
- Patrulhas Rurais.
- tigadas
- competência
- por fraude no programa do governo estadual Patrulha do Campo.
- é da Justiça Federal e em particular deste Juízo”, alegou Moro.
- Paraná, os demais foram presos em Curitiba. Deonilson Roldo
- é réu na Lava Jatoe também foi alvo de prisão da PF. O
- empresário Joel Malucelli, dono da J. Malucelli, é outro alvo de
- prisão do Gaeco. Contudo, até a última atualização desta
- reportagem, ele não tinha sido localizado. Ele também é dono
- da Band, da BandNews, da CBN e do Metro Jornal, em Curitiba.
- em trâmite na 13ª Vara Federal de Curitiba sobre o próprio
- Setor de Operações Estruturadas.
- do Campo, que faz a manutenção das estradas rurais. A
- operação foi batizada de "Rádio Patrulha". g1
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