terça-feira, 24 de maio de 2016

EM MÉDIA 10 EMPRESAS FECHAM AS PORTAS NO ESPÍRITO SANTO

Por dia, 10 empresas fecham as portas no Espírito Santo por conta da crise, segundo dados Junta Comercial do estado. De janeiro a maio deste ano, 1.565 empresas fecharam as portas e encerraram as atividades, um dos setores é o comércio. O número é o maior dos últimos três anos para o intervalo.
10 empresas fecham as portas por dia no Espírito Santo, aponta Junta Comercial (Foto: Guilherme Ferrari/ A Gazeta)Em 2013, no mesmo período, 1.296 empresas foram extintas. No ano passado, 1.417 encerraram suas atividades, um aumento de 9,3%. O crescimento de 2014 para 2015 foi de 10,4%. Em janeiro, foram 276 fechamentos; em fevereiro, 246; em março, 361; em abril, 332 e, em maio, foram 350 empresas extintas no Espírito Santo, segundo a Junta Comercial. O diretor financeiro da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), Marcus Magalhães, detalhou que o comércio tem sentido muito o cenário de crise e que o consumo retraiu muito por causa do alto endividamento das famílias.
"Todo mundo esperava um ano difícil, mas ninguém poderia esperar tantas dificuldades como passa o empresariado. É um grau de estresse muito grande. Tivemos uma diminuição no varejo em geral por causa do alto grau de endividamento das famílias. Isso faz com que as economias não andem e os comércios comecem a fechar acima da normalidade. Acreditamos que isso vai continuar acima da média até o final do ano", disse Magalhães.
O forte reflexo no comércio, observa Magalhães, revela uma crise sistêmica. "O comércio é a ponta da lança de toda a economia. Então se o comércio não vende, não gera emprego, não faz encomenda para a fábrica, não gera impostos. O termômetro da economia é o comércio. Se ele vai mal, toda a cadeira produtiva vai mal", pontuou.Móveis e confecção estão entre os setores mais atingidos. o setor que sofre menos é o de supermercado, já que as pessoas têm que comer, afirma o diretor financeiro da Fecomércio.
"Mas os empresários supermercadistas são unânimes: o tíquete médio da compra diminuiu. A população da classe média não compra mais a marca, ele procura uma segunda linha, de valor menor", disse Marcus Magalhães.
* Com colaboração de Luísa Torre, do Jornal A Gazeta.

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