Além de aquecer, uma xícara de chá pode proporcionar efeitos estimulante, calmante, termogênico, digestivo, diurético, laxativo, hipoglicemiante, hipolipemiante (controle do colesterol) e até mesmo fotoprotetor oral. Cada planta ou fruta usada para a preparação de chás ou infusões carrega princípios ativos com efeitos diferentes e, ao infundi-las em água quente, os princípios são repassados, transformando-os em um aliado do organismo.
As folhas de abajeru ou da pata de vaca conseguem reduzir a glicemia do sangue e são fortes aliados contra a diabete. “Não se pode tratar a diabete com chá, obviamente, mas ele pode ser usado como coadjuvante no tratamento”, explica a médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia e da Associação Brasileira de Fitoterapia, Marcella Garcez Duarte. Da m esma forma, é comprovado que o chá preto age na redução da glicemia, enquanto o chá de hibisco, alcachofra, erva doce e camomila são bons no trato digestivo. “A camomila tem como princípios ativos os polifenóis, como a matricina e cumarinas, que têm as propriedades digestivas e anti-inflamatórias. Já o maracujá tem a passiflorina, que ocupa os receptores de neurotransmissores relaxantes do sistema nervoso central”, completa a nutróloga.
Os chás que utilizam folhas da planta Camelia sinensis possuem polifenóis catequinas e vitamina C, indicada no fortalecimento do sistema imunológico. “Incluímos nessa lista os chás verde, preto e o oolong, que têm relação na prevenção do câncer, equilíbrio da pressão arterial e reforço do sistema imunológico”, diz a especialista em chás, Carla Saueressig.
Quantas xícaras?
Ainda não há uma conclusão a respeito da quantidade que pode ser consumida de chá ou infusão por dia, mas a recomendação de nutricionistas é entre uma a quatro xícaras, dependendo do tipo e da individualidade bioquímica de cada um. Pessoas hipertensas não devem exagerar em chás com cafeína, que aumentam a pressão arterial, assim como quem possui problemas gástricos, como gastrite, esofagite de refluxo e úlcera gástrica, segundo a professora do departamento de Agroindústria e Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, da Universidade de São Paulo, Jocelem Mastrodi Salgado.
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