Segundo o Ministério Público o prefeito decretou situação de calamidade pública no dia dois de janeiro de 2017, com dois dias de mandato, e direcionou a contratação da empresa CIS (Centro Integrado em Saúde LTDA). "Ao invés de oportunizar a várias outras empresas que prestavam o mesmo serviço a concorrência da contratação ele (o prefeito) dirigiu por completo para esta empresa (CIS) e isto é absolutamente ilícito. É preciso convidar três empresas, dar igualdade de condições, publicidade, etc", explica o promotor Renato de Lima Castro, coordenador do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) do Ministério Público.
Somente do prefeito e da empresa de saúde a Justiça determinou o bloqueio em caráter liminar de R$3,9 milhões.
O prefeito de Assaí afirma que ainda não foi notificado e disse que não iria se manifestar.
Ex-prefeito de Assaí também está na mira da Justiça
Em Assaí foi determinado, também, o bloqueio dos bens do ex-prefeito do município, Luis Alberto Vicente, conhecido como Luis Mestiço (PSDB). O motivo, segundo a ação do MP também por improbidade administrativa, foi a descontinuidade de contratos da área da saúde que poderia ter sido renovados. Entretanto, segundo a ação, houve a clara intenção do gestor público em prejudicar o seu sucessor, Acácio Secci. A ação também relata a transferência de gestantes para o Hospital Cristo Rei, em Ibiporã, por conta da ausência de equipe médica de ginecologia e anestesia entre novembro e dezembro de 2016, o que teria acarretado queda no número de cirurgias, de 1.044 teriam sido realizadas apenas 319.
À reportagem da FOLHA Luis Mestiço afirma tudo estava regular e vai provar a sua inocência.
"Não cabe ação por dano moral contra entidade federativa. Eu tenho todos os contratos vigentes e vou provar", afirma o ex-prefeito.
Vitor Struck
Reportagem local/FOLHA DE LONDRINA
Reportagem local/FOLHA DE LONDRINA
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