Quatro suspeitos de clonar os celulares da governadora Cida Borghetti
(Progressistas) e de deputados do Paraná foram presos nesta terça-
feira (17), no Maranhão. A operação foi realizada conjuntamente
pelas polícias Civil e Federal do Maranhão, com apoio da Polícia Civil
do Paraná. De acordo com as investigações, o líder do grupo clonava
os chips e conseguia acesso ao WhatsApp das vítimas. Por meio das
mensagens, ele pedia a contatos que pagassem boletos, sob a
alegação de que o limite do cartão tinha estourado. No caso da
governadora, o valor solicitado chegou a R$ 25 mil. A polícia, no
entanto, não confirma se o depósito foi de fato feito. Segundo a polícia,
deste ano. Os valores obtidos com os golpes não foram divulgados
pela polícia, porque a investigação segue sob sigilo. Os outros político
Romanelli (PSB), Evandro Araújo (PSC) e Luiz Carlos Martins (Progressistas).
Romanelli diz, inclusive, que, enganado pelos golpistas, fez um
depósito em nome da governadora. Ele afirma não ter tido dúvidas
que o pedido era feito por ela. "Uma mensagem simples: ‘Você pode
me emprestar 2000 reais até amanhã? A minha conta está com limite
estourado e eu preciso fazer uma transferência eletrônica ainda hoje’.
Você pensa que está falando com pessoas do seu convívio, do seu
relacionamento, que você tem confiança”, comenta o deputado.
O delegado de Estelionatos, Rodrigo Souza, diz acreditar na participação
de pessoas ligadas aos políticos no golpe. "Temos duas linhas de
investigação: ou é uma falha nas operadoras ou tem a participação
de algum funcionário. Eu acredito que tenha a participação de alguém,
mas ainda não podemos afirmar". Ao todo, 25 políticos do país todo
foram vítimas da quadrilha, de acordo com a Polícia Civil. Entre eles,
estão os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria
de Governo) e o ex-ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social),
todos do MDB. Além das quatro pessoas presas nesta terça, outras
duas pessoas já haviam sido detidas, em junho, suspeitas de emprestar
contas bancárias para parte dos depósitos. A polícia investiga os
crimes de estelionato e associação criminosa. G1
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