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sexta-feira, 18 de maio de 2018

POLÍCIA FEDERAL VÊ EVIDÊNCIAS DE QUE GLEISI HOFFMANN RECEBEU R$ 1 MILHÃO EM PROPINA

A Polícia Federal concluiu um inquérito que tem a senadora 
Gleisi Hoffmann (PT-PR) entre os investigados e, no relatório,
 afirma ter encontrado evidências de que a presidente do PT
 recebeu R$ 1 milhão em propina.   Em nota, Gleisi criticou
 o "vazamento" de informações sobre o relatório, acrescen-
tando ser "vítima de calúnia e de perseguição"   O relatório
 da PF foi enviado em março ao ministro Dias Toffoli, do
 Supremo Tribunal Federal (STF). Neste inquérito, o ex-
ministro do Planejamento e das Comunicações Paulo
 Bernardo também é investigado – ele é marido de Gleisi.
O inquérito é relacionado a um desdobramento da Operação
 Lava Jato e apura supostas fraudes em empréstimos
consignados aos servidores públicos federais.
A empresa Consist, que administrava o programa de computador 
usado nos empréstimos, é suspeita de ter repassado R$ 100
 milhões ao PT e a políticos.
Há também a suspeita de que a companhia fez pagamentos 
ao escritório do advogado eleitoral Guilherme Gonçalves, 
suspeito de repassar o dinheiro a Gleisi.

O relatório

A informação sobre a conclusão do relatório da PF foi divulgada 
no site da revista Veja nesta quinta e confirmada pela TV Globo. 
 Segundo as investigações, há pagamentos e movimentação
 de valores ligados a Gleisi que chegam a R$ 1 milhão e
 teriam origem no suposto esquema que envolve a Consist. 
A Polícia Federal viu indícios de corrupção passiva e lavagem
 de dinheiro.   No relatório, a PF afirma: "Existem indicativos
 de que Gleisi Helena Hoffmann de alguma forma colaborou 
para ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização,
 disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos
 ou valores oriundos do esquema criminoso Consist, pois
 foram identificados diversos registros de pagamentos feitos 
em benefício da senadora Gleisi Helena Hoffmann ou de 
pessoas relacionadas a ela e/ou ao marido Paulo Berbardo
 entre os anos de 2010 e 2015."  Ainda de acordo com a
 PF, R$ 390 mil registrados como pagamentos feitos por
 Paulo Bernardo e Gleisi ao advogado eram, na verdade, 
dinheiro da Consist.

Latam

No relatório, a Polícia Federal também aponta o possível
 pagamento de caixa 2 pela companhia aérea Latam
 a Gleisi.
A PF identificou o pagamento de R$ 300 mil pela companhia 
em 30 de agosto de 2010 ao escritório de Guilherme
 Gonçalves, que afirma não ter prestado serviço à Latam.
Para a Polícia Federal, o contrato foi simulado, e a 
conduta pode configurar crime de falsidade ideológica eleitoral.
No documento, a PF afirma: "Existem indicativos de que 
Gleisi Hoffmann, com a participação de Marco Antonio
 Bologna (ex-presidente da TAM), Luiz Claudio Mattos
 de Aguiar (ex-diretor jurÍdico da TAM) e Guilherme 
Gonçalves (advogado da área eleitoral), ao menos omitiu,
 em documento público ou particular, a saber a prestação de 
contas relativa à campanha ao Senado Federal de 2010, 
declaração de que recebeu, em 30/08/2010, R$ 300.000,00 
(trezentos mil reais) da empresa TAM para fins eleitorais 
por intermédio de um contrato de consultoria jurídica simulado 
entre o escritório de Guilherme Gonçalves e a empresa 
TAM sem a correspondente prestação do serviço, mas 
com registro de uso como honorário eleitoral."

Versões

Saiba abaixo o que todos os citados no relatório da PF 
afirmaram:
A senadora Gleisi Hoffmann questionou o vazamento 
do relatório de um processo que corre em segredo de 
Justiça, afirmando que lamenta ser vítima de calúnias e 
perseguição. A parlamentar declarou ainda que nunca
 teve as contas pagas por terceiros nem recebeu dinheiro
 ilegal para ela ou para as campanhas. Segundo a 
senadora, não há qualquer fato ou prova, mas, sim, 
insinuações levianas que remetem a terceiros.   A defesa
 de Paulo Bernardo disse que ele não é investigado 
neste inquérito.   A empresa Consist declarou que sempre 
colaborou e continuará colaborando com a Justiça.  
 TAM declarou que forneceu todos os esclarecimentos
 às autoridades e disse que reafirma o compromisso com
 o cumprimento das normas e das leis vigentes.G1

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