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quarta-feira, 16 de maio de 2018

NESTA TERÇA REPERCUSSÃO DAS DECLARAÇÕES DO DONO DA CONSTRUTORA VALOR NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ

As declarações do dono da construtora Valor, Eduardo Lopes
de Souza, principal delator da Operação Quadro Negro, 
no interrogatório à Justiça, ocuparam a maior parte do tempo
 dos discursos dos deputados na sessão desta terça-feira 
(15) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
vidade, pela RPC na segunda-feira (14). Ele contou como 
funcionava o esquema e citou a entrega de dinheiro vivo a
 agentes públicos e a políticos. A investigação apura desvios
 de R$ 20 milhões da construção e reforma de escolas estaduais.
Três deputados estaduais da atual legislatura foram citados
 no interrogatório do delator: o presidente da Alep, Ademar 
Traiano (PSDB), Plauto Miró (DEM) e Tiago Amaral (PSB). 
Eles não falaram sobre as denúncias na sessão desta terça.
"Estamos falando do governador Carlos Alberto [Beto Richa],
 que segundo o delator, teria ocorrido uma relação com o 
próprio [Maurício] Fanini [ex-diretor da Secretaria de Educação],
que à época estava no governo do estado, e que havia dado 
sinal verde para que se fizesse superfaturamento [de obras] 
em escolas, recebesse por medições feitas de forma a fraudar 
o processo", disse Tadeu Veneri (PT), líder da oposição.   
 Depois que os opositores falaram, deputados que defendem
 o ex-governador Beto Richa também foram à tribuna e 
criticaram as afirmações feitas pelo dono da construtora à
Justiça.    O ex-líder do governo na Alep, Luiz Claudio 
Romanelli (PSB), disse que o ex-governador foi quem 
recebeu uma denúncia de uma irregularidade na reforma
 de um colégio e determinou a apuração do caso.   "Daquela 
denúncia, ele mandou investigar, fazer apuração e no início 
de 2015 se identificou que havia várias irregularidades no 
âmbito na superitendência de desenvolvimento educacional",
 afirmou.

Interrogatório

Sobre o ex-governador, o delator disse que soube por Fanini 
que parte do dinheiro desviado das escolas foi para bancar a 
campanha de reeleição de Richa, em 2014. O empresário
 também citou a entrega de dinheiro ao presidente da Alep. 
  Souza explicou sobre duas entregas de dinheiro para o
 deputado Plauto Miró e disse, ainda, que Tiago Amaral recebeu 
R$ 50 mil para a campanha de 2014.

O que dizem os citados

O ex-governador Beto Richa e o PSDB disseram que são
 falsas as informações prestadas "por um criminoso confesso, 
que, busca se livrar dos graves crimes cometidos, e tenta sem
 fundamento ou prova, envolvê-los nesses ilícitos".  Richa
 afirmou também que tão logo teve conhecimento das denúncias
 sobre fraudes na construção das escolas, determinou a 
realização de investigação que deram início à operação.   
Ele disse também que os servidores públicos envolvidos 
foram demitidos e ações judiciais determinaram o bloqueio
 de bens para o ressarcimento dos cofres públicos.    Em 
nota, Ademar Traiano afirmou em nota que assegura a lisura 
das suas ações e que a Justiça deve agir na plenitude de suas 
competências.    Tiago Amaral afirmou que a denúncia não é 
verdadeira, que jamais teve qualquer relação e recebeu doação 
eleitoral de Souza. Segundo ele, quanto mais rápido avançarem
 os procedimentos, antes será esclarecido que ele não tem nada 
a ver com o que está sendo investigado.    O PSB afirmou que 
não recebeu nenhuma doação direta para Amaral e não doou
 para campanha dele.   A Secretaria Estadual de Educação
 informou que foi a primeira a investigar os indícios de disparidades
 em medições de obras de escolas.   As defesas de Plauto Miró
 e de Maurício Fanini declararam que não vão se manifestar. G1

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