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segunda-feira, 28 de maio de 2018

CHEGA AO 8º DIA DA GREVE DOS CAMINHONEIROS NESTA SEGUNDA FEIRA 28

A greve dos caminhoneiros chegou, nesta segunda-feira (28),
 ao 8º dia nas rodovias do Paraná. A mobilização também
 segue em outros estados. Há falta de combustível, e aulas
 foram suspensas. Nas principais cidades do estado, os ônibus
do transporte coletivo circulam normalmente. Nesta manhã, 
de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), há 157
 pontos de protestos nas estradas estaduais. O balanço foi
 divulgado às 9h. No sábado (26), eram cerca de 165. 

Veja os reflexos da paralisação nesta segunda-

feira:

Combustível
O Sindicombustíveis do Paraná obteve uma liminar para 
o desbloqueio do terminal de carregamento de combustíveis 
de Araucária. O sindicato informou que um oficial de justiça
 deve levar a liminar até os manifestantes. Ainda há bloqueios
 na refinaria e nas bases de distribuição.
Caminhões-tanque carregados com combustíveis ainda não
 chegaram na maioria dos municípios paranaenses, e por
 isso não há estoque disponível. Londrina, Maringá, 
Guarapuava, Foz do Iguaçu, Cascavel, União da Vitória,
 Ponta Grossa, todo o litoral do Paraná e municípios 
vizinhos destas cidades estão sem combustível.
Na fronteira, os motoristas brasileiros estão enfrentando
 filas nos postos do Paraguai para abastecer. Um homem de 
31 anos foi preso no sábado suspeito de venda ilegal de 
combustível em Medianeira.
Apenas um posto de Maringá tem combustível para abastecer 
carros da polícia, dos bombeiros e do Samu.
Em Londrina, os caminhoneiros fecharam a central de distribuição
 de combustíveis.
Transporte público
Os ônibus do transporte público estão operando normalmente
 em Curitiba, Londrina e Maringá.
 mil litros de óleo diesel no domingo (27), porém, como não
 há previsão do fim da paralisação no estado, o número de 
veículos nas ruas foi reduzido e está operando com uma
 tabela de horário de domingo readequada. De 80 mil a 100 
mil pessoas utilizam o transporte público diariamente. O município
 tem 101 linhas de ônibus.
Em Francisco Beltrão, no sudoeste, o transporte público foi 
reduzido na sexta-feira. No domingo, os ônibus não rodaram. 
Em Pato Branco, novas linhas que estavam previstas para 
começarem a rodar no domingo, foram canceladas.
No noroeste do estado, em Umuarama, as linhas estão 
circulando com ônibus a menos, o que aumenta o tempo 
de espera para os passageiros.
Em Cascavel, o transporte está operando das 6h às 8h30, 
11h30 às 14h, e das 17h às 19h.  E em Foz do Iguaçu, as linhas
 estão funcionando com horários reduzidos. Na segunda-feira,
 das 5h às 7h30, 11h às 13h, 17h às 19h30 e 23h às 0h30.
Aeroportos
Os aeroportos estão operando normalmente nesta segunda-
feira. Não há registro de atrasos ou cancelamentos de voos. 
O aeroporto de Maringá informou que tem combustível até 
quarta-feira.
Saúde
Foi suspenso as cirurgias eletivas dos hospitais Santa Casa, 
Municipal e do Câncer atendendo somente casos de urgência
 e emergência.
O Hospital de Clínicas em Curitiba informou que alguns fornece-
dores não estão conseguindo entregar mercadorias e já impactos
 como falta de abastecimento de carne, frutas e hortaliças. Os
 exames de imagem, que necessitam de contraste, e seriam 
realizados a partir de segunda-feira (28), foram desmarcados 
para garantir o atendimento de casos emergenciais de pacientes
 internados.
Educação
A Secretaria Estadual de Educação suspendeu as aulas na rede
 estadual em 68 municípios paranaenses. Nesta segunda-feira,
 todo os núcleos educacionais vão se reunir para avaliar a situação
 e determinar se as atividades serão retomadas ou continuam
 suspensas.
 das redes municipais de educação. Como não há estoque
 de combustível, o transporte escolar não consegue pegar os
 alunos. Também não há estoque suficiente de alimento para
 preparar as merendas.
Em Maringá, são 114 escolas municipais que estão com aulas 
suspensas durante toda a semana, 40 mil crianças estão sem 
aulas.
Em Londrina, são mais de 38 mil crianças sem aulas nesta
 segunda-feira.
Gás
Os estoques de gás de cozinha zeraram em Maringá. Segundo 
o Sinegás, nenhuma das 100 revendas da cidade tem o produto. 
Nesses oito dias de paralisação dos caminhoneiros, aproxima-
damente 18 mil botijões deixaram de ser vendidos na cidade. 
Também não há estoque de gás em Londrina, Paranavaí, 
Umuarama, Cianorte e Cascavel.

Nova proposta

Na noite de domingo (27), representantes de caminhoneiros
 autônomos afirmaram que aprovam as medidas para a 
categoria anunciadas, mais cedo, pelo presidente Michel 
Temer.  Em Curitiba, o presidente da Confederação Nacional 
dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, 
disse que as três novas propostas recebidas do governo 
federal serão levadas aos caminhoneiros no país para 
avaliação.
"Acredito que até amanhã tenha uma resposta [sobre
 à nação brasileira", afirmou Bueno no domingo.  Com 
a nova proposta, detalhada por Temer durante pronunciamento, 
o governo espera encerrar a greve dos caminhoneiros.
Entre as medidas está a redução de R$ 0,46 no preço 
do litro do diesel por 60 dias e a isenção de pegamento 
de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. 
Apenas a redução de R$ 0,46 no preço do diesel custará
 ao governo R$ 10 bilhões.
No pacote, estava prevista a edição de três medidas
 provisórias para atender à demanda dos caminhoneiros. 
União publicada no fim da noite dee domingo.

Governadora conversa com caminhoneiros

A governadora do Paraná, Cida Borghetti (Progressistas), 
participou de duas reuniões no domingo no Palácio Iguaçu,
 em Curitiba.
Às 16h, ela conversou reservadamente com representantes 
dos caminhoneiros autônomos. A reunião durou cerca
 de uma hora.
Depois, ela se reuniu com os representantes dos 
caminhoneiros, do setor produtivo, federações das
 indústrias e agricultura, integrantes do governo, 
empresários do setor de transportes, PRF e Defesa
 Civil. Esse encontro terminou pouco depois das 20h. 
Ao final da reunião, a governadora anunciou a redução
 da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel de
 R$ 3,20 para R$ 2,95, a partir de 1º de junho. Conforme
 a assessoria do governo, essa redução deve representar
 uma queda de R$ 0,04 por litro do combustível para o
 consumidor final. A medida vale por 90 dias.
José Roberto Ricken, presidente da Organização das 
Cooperativas do Paraná (Ocepar), que participou das 
reuniões, disse que o setor já registrou perda real de
 mais de R$ 150 milhões nesses sete dias de paralisação
 dos caminhoneiros.
"Ficou claro que o problema que existe no transporte, 
ambém existe na produção. Nós também usamos óleo 
diesel. Pedimos encarecidamente que houvesse uma
 trégua para evitar o caos", afirmou.
O presidente da Federação das Indústrias do Paraná
 (Fiep), Edson Campagnolo, também falou sobre o 
pedido de trégua aos representantes dos caminhoneiros.
"Estamos cavando nossa própria sepultura", afirmou, 
ao comentar sobre os reflexos da paralisação e possíveis
 problemas sanitários gerados em aviários e no descarte 
de leite.
Houve, ainda no domingo, uma terceira reunião no
 Palácio Iguaçu. Participaram representantes do governo, 
de caminhoneiros e do setor produtivo, sem a presença 
de Cida Borghetti.  G1

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