Milhares de caminhoneiros começaram nesta segunda-feira (21) uma paralisação nacional por tempo indeterminado contra os sucessivos aumentos do diesel. No final de semana, a Justiça Federal havia concedido uma liminar proibindo bloqueios em rodovias federais que cortam o Paraná.
Segundo o presidente do sindicato dos caminhoneiros de Londrina e região, Carlos De la Rosa, os caminhoneiros vão cumprir as determinações da justiça durante a greve. Carlos de La Rosa afirmou que a categoria cobra a redução do preço do combustível com o corte de pis/cofins. Ele disse que 80% do frete dos caminhoneiros está ficando no custo do óleo diesel e pedágio. Desde o mês de julho do ano passado, quando o governo alterou a forma de composição do preço dos combustíveis, o preço do diesel subiu 57% nas refinarias. No mesmo período, a inflação acumulada segundo o governo foi de 2,68%.
De acordo com o professor e representante regional do conselho de economia, Laercio de Oliveira, há um ano o governo liberou o preço dos combustíveis de acordo com o mercado internacional. A mobilização fechou, parcialmente várias rodovias no Paraná, entre elas um trecho da PR-445, em Cambé, próximo a BR-369; e em Rolândia, na saída para o distrito de São Martinho. Ainda no Norte do Estado, na PR-090, na entrada para Assaí, caminhoneiros estão proibidos de passar pela rodovia, apenas carros de passeio e ambulâncias têm liberação. Na madrugada, já havia movimentações de caminhoneiros em rodovias importantes, como a Presidente Dutra (que liga São Paulo ao Rio de Janeiro), onde havia interrupção parcial do tráfego nos dois sentidos. Nas redes sociais, havia relatos de concentração de caminhões em estradas como Fernão Dias, Anhanguera, BR-101 (no Rio Grande do Sul) e BR-116 (na Bahia). Também há paralisação em outros estados.
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