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terça-feira, 13 de março de 2018

OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL NESTA MANHÃ DE TERÇA FEIRA EM URAI-NOVA AMÉRICA DA COLINA E CORNÉLIO PROCÓPIO PRENDE 20 PESSOAS

A Operação 14 Bis, deflagrada na manhã desta terça-feira (13), apura
 o desvio de cerca de R$ 5,7 milhões de recursos públicos no campus 
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Cornélio 
Procópio, no norte do estado. A Polícia Federal (PF) prendeu 20 pessoas
 temporariamente, a duração é de cinco dias. As cidades onde os suspeitos
 foram presos não foram divulgados.
A universidade foi um dos alvos de busca e apreensão, policiais apreenderam
 contratos de empresas que prestaram serviços à instituição. Ao todo, 
foram expedidos 26 mandados de busca e apreensão, além das ordens
 judiciais de sequestro e de indisponibilidade de bens, ainda segundo 
a PF. Um mandado de busca e apreensão não foi cumprido.
De acordo com as investigações, gestores e empresas se uniram para 
fraudar licitações e contratos. O diretor-geral do campus Márcio Jacometti, 
diz que a universidade está colaborando com as investigações desde o
 momento que foram identificadas as primeiras irregularidades, em 2015.
A operação ocorre em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), 
Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal (RF). O nome 
"14 Bis" é uma alusão à empresa criada para facilitar os desvios.
Mandados também estão sendo cumpridos em Uraí, Cornélio Procópio, 
Nova América da Colina e Maringá.
Conforme o G1 apurou, foram presos o ex-diretor-geral do campus 
Devanil Antônio Francisco e o ex-diretor de Administração e Planejamento
 Sandro Rogério de Almeida.
G1 tenta localizar os advogados dos suspeitos.  

s investigações

As investigações apontaram irregularidades graves em contratos
 celebrados entre a universidade e empresas que prestaram serviços 
de manutenção predial, de ar-condicionado, de veículos, fornecimento 
de materiais de construção e de serviços de reprografia.
Conforme a polícia, há a suspeita de obtenção de informação privilegi-
ada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente 
falso ou insuficiente para atesto de capacidade técnica, pagamentos 
superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço,
 frustração de concorrência, suspeita de pagamento de materiais não
 recebidos ou desviados, entre outros.
Segundo a PF, a UTFPR recebeu denúncia relativa aos fatos apurados
 na operação.
Imediatamente, ainda conforme a polícia, adotou medidas em âmbito 
administrativo - a realização, por exemplo, de auditorias conduzidas 
por sua unidade de Auditoria Interna, além da demissão, mediante 
Processos Administrativos Disciplinares, de dois servidores envolvidos 
nas fraudes.
O diretor-geral da UTFPR em Cornélio Procópio detalha que a comissão
 que investigou a fraude, ainda advertiu outros servidores por erro
 administrativo. No entanto, o diretor não informou quantas advertências
 foram dadas.
"Foram erros administrativos graves, punidos ou com a exoneração 
ou com advertência de servidores. Após essa auditoria interna, adotamos
 procedimentos para dar mais transparência a todos os processos", 
pontuou Márcio Jacometti.
Os presos devem ser conduzidos à delegacia da PF em Londrina,
 onde permanecerão à disposição da Justiça.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, 
falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, 
crimes contra o processo licitatório, sem prejuízo de outras implicações 
Operação investiga desvio de recursos no campus da UTFPR em Cornélio Procópio (Foto: Victor Bittencourt/RPC)penais a 
serem 
constatadas. G1

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