O empresário Vander Mendes Ferreira voltou a ser preso
nesta terça-feira (20). Ele é réu na ação decorrente da
no norte do Paraná.
A prisão preventiva foi determinada nesta terça pelo
desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR)
José Maurício Pinto de Almeida. O desembargador cassou
a decisão liminar do início de março, que havia revogado
a prisão de Vander.
Almeida considerou que o desembargador Luis Carlos Xavier,
que concedeu a liminar de revogação da prisão, é
incompetente para julgar o habeas corpus. Além disso,
o desembargador pontua que a decisão de primeiro grau
que determinou a prisão de Vander foi bem fundamentada.
"Como bem ponderado pela autoridade coatora, que há
elementos nos autos que remontam agir doloso no
sentido de manter práticas ilícitas em detrimento da
administração pública, bem assim da sociedade londrinense,
para regalo próprio, e, portanto, a necessidade de contenção
da situação fática é veemente", diz a decisão desta terça.
Relembre o caso
Quando a operação foi deflagrada, a Justiça determinou
que o empresário Vander Mendes Ferreira e outros
investigados fossem monitorados por tornozeleira eletrônica.
foram presos preventivamente – por tempo indeterminado –
com base em provas encontradas durante a operação.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado (Gaeco), entre os objetos apreendidos,
foi encontrado um cheque de Wagner Fronja que foi
repassado para Vander que, segundo a promotoria,
seria utilizado para o pagamento de propina para
Ossamu Kaminagakura, servidor afastado da Secretaria
de Obras de Londrina que também é réu na operação
e está preso.
"Esse cheque foi emitido por Wagner Fronja [empresário
investigado], e Vander deveria repassar esse cheque
para o Ossamu, mas por falta de fundo, retornou. O
cheque era de R$ 30 mil", disse o promotor Leandro
Antunes.
Antunes informou ainda que, durante a análise dos
materiais apreendidos, foi encontrada uma conversa
do Vander cobrando o valor desse cheque. "Em depoimento,
o Wagner confirmou o pagamento de parte do valor para
Ossamu", esclareceu Leandro Antunes.
A promotoria detalhou que o valor seria utilizado para
facilitar a aprovação de mudança de traçado de rua
de um loteamento.
Na noite de 8 de março, Vander foi solto após o TJ-PR
O empresário foi acusado pelo Ministério Público de
ter cometido os crimes de organização criminosa e
corrupção ativa.
O outro lado
O advogado Alfeu Brassaroto Júnior, responsável pela
defesa do empresário Vander Mendes Ferreira, disse
que a decisão foi recebida com surpresa e que vai
apresentar um novo recurso.
Ainda de acordo com Brassaroto Júnior, Vander está
sofrendo uma injustiça e vivendo uma insegurança
jurídica.
“Desde o início das investigações, Vander não cometeu
nenhum fato criminoso novo, de forma contrária ao que
o Gaeco alega”, declarou o advogado.
Em nota, a defesa de Ossamu Kaminagakura informou
que entende que a prisão dele é completamente
desnecessária e espera que o "furor punitivista dê lugar
ao bom senso em breve".
Ainda de acordo com a nota, a defesa não entende
como ele poderia voltar a praticar crimes, ou colocar o
processo em risco, cumprindo medidas cautelares
como o afastamento do cargo, a proibição de frequência
a determinados lugares e de contato com determinadas
pessoas, entre outras. G1
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