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quarta-feira, 21 de março de 2018

EMPRESÁRIO VANDER MENDES VOLTA A SER PRESO NA OPERAÇÃO ZONA RESIDENCIAL DE LONDRINA

O empresário Vander Mendes Ferreira voltou a ser preso 
nesta terça-feira (20). Ele é réu na ação decorrente da 
 no norte do Paraná.
A prisão preventiva foi determinada nesta terça pelo 
desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR)
 José Maurício Pinto de Almeida. O desembargador cassou
 a decisão liminar do início de março, que havia revogado 
a prisão de Vander.
Almeida considerou que o desembargador Luis Carlos Xavier,
 que concedeu a liminar de revogação da prisão, é
 incompetente para julgar o habeas corpus. Além disso,
o desembargador pontua que a decisão de primeiro grau
 que determinou a prisão de Vander foi bem fundamentada.
"Como bem ponderado pela autoridade coatora, que há
 elementos nos autos que remontam agir doloso no 
sentido de manter práticas ilícitas em detrimento da 
administração pública, bem assim da sociedade londrinense, 
para regalo próprio, e, portanto, a necessidade de contenção
 da situação fática é veemente", diz a decisão desta terça.

Relembre o caso

Quando a operação foi deflagrada, a Justiça determinou
 que o empresário Vander Mendes Ferreira e outros
 investigados fossem monitorados por tornozeleira eletrônica.
 foram presos preventivamente – por tempo indeterminado –
 com base em provas encontradas durante a operação.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate
 ao Crime Organizado (Gaeco), entre os objetos apreendidos,
 foi encontrado um cheque de Wagner Fronja que foi
 repassado para Vander que, segundo a promotoria,
 seria utilizado para o pagamento de propina para 
Ossamu Kaminagakura, servidor afastado da Secretaria 
de Obras de Londrina que também é réu na operação
 e está preso.
"Esse cheque foi emitido por Wagner Fronja [empresário
 investigado], e Vander deveria repassar esse cheque 
para o Ossamu, mas por falta de fundo, retornou. O 
cheque era de R$ 30 mil", disse o promotor Leandro 
Antunes.
Antunes informou ainda que, durante a análise dos 
materiais apreendidos, foi encontrada uma conversa
 do Vander cobrando o valor desse cheque. "Em depoimento,
 o Wagner confirmou o pagamento de parte do valor para
 Ossamu", esclareceu Leandro Antunes.
A promotoria detalhou que o valor seria utilizado para
 facilitar a aprovação de mudança de traçado de rua
 de um loteamento.
O empresário foi acusado pelo Ministério Público de
 ter cometido os crimes de organização criminosa e
 corrupção ativa.

O outro lado

O advogado Alfeu Brassaroto Júnior, responsável pela
 defesa do empresário Vander Mendes Ferreira, disse
 que a decisão foi recebida com surpresa e que vai 
apresentar um novo recurso.
Ainda de acordo com Brassaroto Júnior, Vander está
 sofrendo uma injustiça e vivendo uma insegurança 
jurídica.
“Desde o início das investigações, Vander não cometeu 
nenhum fato criminoso novo, de forma contrária ao que
 o Gaeco alega”, declarou o advogado.
Em nota, a defesa de Ossamu Kaminagakura informou
 que entende que a prisão dele é completamente 
desnecessária e espera que o "furor punitivista dê lugar 
ao bom senso em breve".
Ainda de acordo com a nota, a defesa não entende 
como ele poderia voltar a praticar crimes, ou colocar o
 processo em risco, cumprindo medidas cautelares
 como o afastamento do cargo, a proibição de frequência
 a determinados lugares e de contato com determinadas 
pessoas, entre outras. G1

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