O Banco Central do Brasil (Bacen) bloqueou R$ 864 mil de contas
particulares e de empresas do ex-ministro Antônio Delfim Netto.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na
primeira instância, foi comunicado do bloqueio nesta terça-feira (13).
Sérgio Moro havia determinado o bloqueio de cerca de R$ 4,4
milhões do ex-ministro e outros investigados. Segundo o Bacen, o valor
de bloqueio foi cumprido parcialmente por insuficiência de saldo.
O Ministério Público Federal (MPF) relatou ter rastreado que os mais
de R$ 4 milhões foram parte da propina total de R$ 15 milhões, que
teria sido destinada a Delfim nas obras da usina de Belo Monte.
Delfim Netto foi alvo da 49ª fase da Lava Jato, batizada de Buona
Fortuna, deflagrada na sexta-feira (9).
À época da deflagração da operação, a defesa do ex-ministro disse
que ele "não cometeu nenhum ato ilícito em qualquer tempo" e que
Delfim não ocupa cargo político desde 2006. De acordo com os advogados,
os valores que Delfim recebeu foram "honorários por consultoria prestada".
Outros bloqueios
O Bacen também informou ao juiz Sérgio Moro o bloqueio de R$ 193
mil da J. Malucelli Energia S/A e de R$ 614 mil da J. Malucelli
Construtora de Obras S/A.
Moro havia determinado o bloqueio de R$ 183 mil da J. Malucelli,
menos do que o valor total bloqueado pelo Bacen, de acordo com
a Justiça Federal.
Segundo a Justiça, isso ocorre porque o Bacen envia informação
de bloqueio para os bancos, que realizam a ação. Não há comunicação
entre os bancos que os informe se o valor total já foi bloqueado em
outras contas.
Como o total bloqueado foi maior do que a determinação do juiz,
cabe às defesas solicitarem o desbloqueio do montante excedente.
Ainda à época em que a operação foi deflagrada, a J. Malucelli
declarou que sua participação no consórcio de construção da Usina
Belo Monte é "exclusivamente de seu direito de preferência oriundo
de sua condição acionária na empresa Norte Energia S.A." e que
"não está relacionada a qualquer ajuste ou composição ilícita com
outras empresas ou mesmo pagamentos indevidos". G1
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