O Bar do Mauro, em Curitiba, em que três pessoas ingeriram líquido
tóxico no sábado (13), foi interditado pela Vigilância Sanitária nesta
segunda-feira (13). Uma das vítimas segue internada, sob observação.
Segundo Fabiola França Balmant, coordenadora de Vigilância em
Saúde no bairro Boa Vista, uma fiscalização apontou diversas
irregularidades no estabelecimento. O maior problema, afirma ela,
é em relação à separação dos produtos de limpeza.
"Em relação a produtos de limpeza, não estavam separados de
forma ordenada. O depósito de materiais de limpeza era um local
que era praticamente um porão, de difícil acesso, e todos os materiais
de limpeza estavam numa caixa de papelão. Alguns tinham, ainda,
a identificação do fabricante, mas com uma data de validade que
já estava precária a identificação. Isso é ausência de boas práticas",
explicou a coordenadora.
O dono do bar, Mauro Jardim de Almeida, admitiu que a bebida servida
aos clientes como tequila era produto de limpeza. De acordo com
ele, o líquido foi dissolvido em uma garrafa, que tinha a mesma coloração
da tequila, foi colocada embaixo de balcão e acabou sendo servida.
Para Fabiola, a ação foi equivocada. "Todo produto de limpeza, que
seja usado tanto em casa quanto em estabelecimentos, tem que
seguir o que o fabricante coloca no rótulo. Se for uma diluição, tem
que ser usado um balde, tem que ser usada uma jarra... tem que ser
usado para aquele fim. Não pode reaproveitar nunca embalagem de
alimento", explica.
O bar vai ser julgado em um processo administrativo sanitário e só
poderá ser reaberto assim que corrigir todas as irregularidades apontadas
pela Vigilância, diz a coordenadora. Caso seja condenado, o dono pode
desde receber advertência até pagar multa de até R$ 8 mil.
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