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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

TRIBUNAL DE CONTAS DO PARANÁ CONDENA 9 PESSOAS A DEVOLVEREM R$ 3.207.646,43 AOS COFRES PÚBLICOS

O Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) condenou
 nesta quinta-feira (14) nove pessoas e a construtora Valor a devolverem
 R$ 3.207.646,43 aos cofres públicos, em processo que investiga se 
houve desvio de dinheiro na construção de duas escolas estaduais 
na Região Metropolitana de Curitiba. Cabe recurso da decisão.
A Valor é acusada pelo Ministério Público estadual de desviar, ao todo,
 mais de R$ 20 milhões de reais por obras que, na maioria das vezes,
 nunca saíram do papel. Segundo os promotores, o esquema envolvia
 o dono da empresa, Eduardo Lopes de Souza, funcionários e diretores
 da Secretaria Estadual de Educação.
Na denúncia analisada nesta quinta, a construtora é acusada de rece-
ber mais de R$ 7,5 milhões, entre recursos federais e estaduais, para-
 construir as escolas Ribeirão Grande e Jardim Paulista, no município 
de Campina Grande Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
O montante a ser devolvido corresponde apenas ao que foi pago pelo 
governo estadual à empresa para a construção das escolas, segundo
 o TCE. Além da restituição, todos os condenados terão que pagar 
individualmente uma multa de 30% sobre o valor total.
As construções das escolas estão abandonadas desde 2015, quando 
o escândalo dos desvios veio à tona na Operação Quadro Negro. 
Nos canteiros de obras, restaram apenas algumas paredes inacabadas.

O que dizem os citados

O advogado de Eduardo Lopes de Souza disse que não tem conhe-
cimento da decisão e não vai se manifestar.
A Secretaria Estadual de Educação tem informado que foi a primeira
 a investigar os indícios de desvio e a avisar as autoridades compe-
tentes e que também reforçou seus departamentos de controle 
interno e de auditoria.
A construtora Valor não tem advogado constituído.

Processos

Este é o primeiro dos 14 processos que apontam indícios de fraudes 
na construção ou reforma de escolas estaduais. Além deste, há outros
 cinco processos tramitando em relação à Valor, nos quais 24 pessoas 
— entre integrantes da empresa e agentes públicos — são penalizadas
 individualmente. Outras sete obras, executadas por cinco empresas, 
são investigadas pelo Tribunal de Contas.  Até agora, o TCE diz ter 
impugnado mais de R$ 29 milhões em pagamentos efetuados pela 
Secretaria Estadual de Educação, em valores de 2016, dos quais
 R$ 13,8 milhões têm origem em recursos com fonte federal.
Processos que tramitam no TCE-PR investigam a construção das 
escolas estaduais Leni Marlene Jacob e Pedro Carli, em Guarapuava;
 Willian Madi, em Cornélio Procópio; Tancredo Neves, em Coronel 
Vivida; Arcângelo Nandi, em Santa Terezinha de Itaipu; Lysímaco Ferreira
 da Costa, em Rio Negro, e do colégio estadual profissionalizante de Campo
 Largo.
E, ainda, obras de reparos e ampliação nas escolas Amâncio Moro, 
Yvone Pimentel, Dirce Celestino e João Wislinski, em Curitiba; e 
Ambrósio Bini, em Almirante Tamandaré. g1.

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