O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou denúncias contra 34 políticos do estado por uso irregular da gráfica da Assembleia Legislativa. De acordo com os promotores, em 2010, os políticos usaram a estrutura para imprimir milhares de mensagens a eleitores, desde cartões de Natal até livros de poesia, com o objetivo de promoção pessoal.
O caso foi descoberto em 2010, na mesma época em que o MP-PR
investigava as denúncias da série de reportagens Diários Secretos,
que desvendou um esquema de contratação de funcionários fantas-
mas na Assembleia. As nomeações de funcionários eram publica-
das em diários oficiais com circulação restrita, aos quais ninguém
tinha acesso.
Na época, o MP-PR fez uma operação dentro da gráfica da Assembleia
e apreendeu uma série de materiais. Entre eles, estavam as mensagens,
livros e outros itens que tinham sido impressos a pedido dos parla-
mentares.
Dentre os 34 denunciados, 17 ainda ocupam cadeiras no Legislativo
paranaense. O MP-PR não divulgou os nomes deles. Os processos
ainda não foram aceitos pela Justiça e nenhum dos parlamentares
virou réu. As ações buscam a condenação por improbidade adminis-
trativa. Os promotores também querem que eles devolvam o dinheiro
gasto com esses materiais.
O prejuízo, de acordo com o MP-PR foi milionário. Apenas um dos
denunciados gastou, nos últimos sete anos, quase R$ 1,5 milhão,
para imprimir 462 mil cartões de Natal e de aniversário.
A gráfica da Assembleia foi fechada em 2011, depois das denúncias
da série Diários Secretos. Em nota, a Procuradoria da Assembleia
Legislativa informou que ainda não foi notificada sobre nenhum
processo citado na reportagem. G1
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