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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

EMPRESÁRIO JOESLEY BATISTA E RICARDO SAUD DEVERAM SEREM LEVADOS NESTA SEGUNDA FEIRA PARA BRASÍLIA

O empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, e o executivo 
da empresa Ricardo Saud deverão ser levados de São Paulo para
 Brasília nesta segunda-feira (11) pela Polícia Federal. Eles estão 
 em São Paulo, onde passaram a noite.
Presos por ordem do ministro Edson Fachin e a pedido do procu-
rador-geral da República, Rodrigo Janot, Joesley e Saud deverão 
viajar em um avião da PF e prestar depoimento em Brasília. Eles
 também devem fazer exame de corpo de delito para verificar em
 que condições foram detidos e permaneceram encarcerados em São Paulo.
Como Fachin determinou a prisão temporária dos dois, eles devem 
permanecer detidos ao menos por mais quatro dias em Brasília. 
No decreto, o ministro determinou que a prisão ocorresse com 
"máxima discrição e com a menor ostensividade", de modo a
 preservar a imagem dos executivos. Também recomendou que
 eles não usassem algemas, por não se tratarem de "indivíduos
 perigosos".
As prisões temporárias (com prazo de cinco dias no notal) ainda
 poderão ser convertidas em preventivas (com duração indeterminada).
A defesa de Joesley e Saud considera a prisão desnecessária, 
 era imposto" desde a assinatura da delação.
"Meus clientes agiram com lealdade e continuam à disposição do
 Poder Judiciário ressaltando a confiança no Supremo Tribunal", 
disse em nota o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, 
o Kakay.
Ao fim do prazo de cinco dias, na sexta-feira (11), caberá ao 
ministro Edson Fachin reavaliar, também com base em parecer 
a ser entregue pela PGR, a necessidade de manter os executivos 
na cadeia.  

Acordo suspenso

temporiamente pelo ministro Edson Fachin com base na suspeita
 de que os dois omitiram informações no acordo de delação fechado
 com a PGR em maio. A principal omissão seria uma suposta ajuda
 do ex-procurador Marcello Miller, quando ele ainda trabalhava na PGR,
 durante as negociações para firmar o acordo.
"Percebe-se pelos elementos de convicção trazidos aos autos que
 a omissão por parte dos colaboradores quando da celebração do
 acordo, diz respeito ao, em princípio, ilegal aconselhamento que
 vinham recebendo do então Procurador da República Marcello 
Miller", justificou o ministro.
No pedido de prisão, Janot considerou haver indícios de que Miller 
deu orientações a Joesley e Saud no período em que ainda 
integrava o Ministério Público.
"Há indícios de má-fé por parte dos colaboradores ao deixarem de 
narrar, no momento da celebração do acordo, que estavam sendo
 orientados por Marcello Miller, que ainda estava no exercício do 
cargo, a respeito de como proceder quando das negociações, 
inclusive no que diz respeito a auxílio prestado para manipular 
fatos e provas, filtrar informações e ajustar depoimentos", escreveu 
Janot.

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