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sábado, 20 de maio de 2017

DELATOR DA JBS DIZ QUE REPASSOU R$ 1 MILHÃO AO IRMÃO DE BETO RICHA

A delação-bomba dos empresários da JBS que colocou em xeque a gestão do presidente Michel Temer chegou ao Paraná. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o diretor de Relações Institucionais e Governo da JBS, Ricardo Saud, afirmou que teria repassado R$ 1 milhão, em espécie, ao secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, Pepe Richa, que é irmão do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). A entrega teria ocorrido dentro do carro de Pepe, apontado no depoimento como "emissário de Beto Richa", em frente a um supermercado de Curitiba. O diretório estadual do PSDB-PR nega, em nota à imprensa, qualquer doação irregular na campanha de 2014. 
Saud teria feito a delação no início de maio a procuradores da Operação Lava Jato. No vídeo, tornado público nesta sexta-feira (19) pela PGR, o diretor da JBS relata: "Um (R$ 1) milhão. Entregue por mim, Ricardo Saud, pro Pepe Richa, irmão do governador Beto Richa. Na porta do supermercado, no carro do Pepe Richa, em Curitiba. Aqui tenho um anexo único explicando tudo ao senhor", disse o diretor de relações institucionais da JBS na gravação. 
Em outro trecho da delação, Saud relata que, além do PSDB, outros partidos teriam recebido doações: PMDB, PT, PDT, PP, PRTB, PTB, PR e PSD. 
A delação da JBS já havia colocado no olho do furacão o deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), tido como homem de confiança de Temer, ao aparecer em vídeo gravado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil supostamente a pedido do presidente da República. Rocha Loures trabalha com Temer desde 2011, em funções ligadas a Relações Institucionais. Ele só deixou o cargo em março para assumir mandato de deputado federal, na vaga deixada pelo ministro Osmar Serraglio. Loures desembarcou ontem, em São Paulo, sem falar com a imprensa e aos gritos de "ladrão". A Câmara dos Deputados informou que suspendeu a cota para exercício da atividade parlamentar de R$ 38.871,86, uma vez que está fora do mandato. O peemedebista também deixará de receber os R$ 4.253,00 de auxílio-moradia. O gabinete do deputado no anexo 4 da Câmara será fechado. Nos próximos dias vai decidir se suspenderá o salário de R$ 33.763,00 e se haverá convocação do suplente. 

OUTRO LADO 
Em nota, o diretório estadual do PSDB-PR informou que as doações estão declaradas na prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral. "O Comitê Financeiro da Campanha Eleitoral de 2014 do partido esclarece que recebeu duas doações do grupo JBS S/A, nos valores de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e R$ 1.000,00 (um mil reais), respectivamente. As referidas doações estão declaradas na prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral e em conformidade com a legislação vigente à época das eleições de 2014", disse o diretório em nota.  folha de londrina.

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