Reprodução/MNDH
As palavras estão abaixo do título "Desencapetamento Total", grafado com letras vermelhas na entrada da igreja. As reuniões ocorrem às sextas-feiras, a partir das 19h30. Segundo o coordenador estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Carlos Enrique Santana, o fato do cartaz carregar "macumba" é uma afronta aos costumes e hábitos das religiões de matriz africana. "Isso é crime. Vamos esperar providências", apontou o militante.O presidente do Conselho de Pastores Evangélicos de Cambé (Conpas), Oswaldo Campos, desconhecia a existência da mensagem. Ele reiterou que a igreja alvo da denúncia "não faz parte do conselho, assim como muitas do segmento neopentecostal". Campos lamentou o fato, afirmando que "particularmente não concorda" e "acha difícil criticar qualquer tipo de religião em um país democrático como é o Brasil".
Procurado pela reportagem, o promotor de Direitos Humanos, Paulo Tavares, argumentou que vai analisar o caso com cuidado, mas relembrou que o Ministério Público já denunciou "dois pastores evangélicos de uma igreja da zona norte de Londrina que afixaram uma faixa incitando violência contra pessoas que têm apreço por religiões africanas". O cartaz convocava os fiéis para "uma guerra contra a macumba".
Segundo Tavares, os líderes da igreja "pediram desculpa e retiraram a mensagem ofensiva". A reportagem tentou contato por diversas vezes com representantes da congregação evangélica denunciada pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos, mas não obteve retorno das ligações.
Rafael Machado - Redação Bonde
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