Pelo carro, que a prazo vai custar R$ 41.940, a secretária terá de desembolsar R$ 699 por mês. "Essa é a parcela que cabe no meu bolso", disse a secretária. À vista, o Celta sairia por R$ 30.490. Isto é, só com juros, Marcia vai gastar R$ 11.450 a mais.
Pelo plano máximo de 42 meses, oferecido anteriormente pela concessionária, o valor da prestação do Celta subiria para cerca de R$ 1 mil. Essa cifra seria incompatível com a renda de Márcia, que é solteira e tem casa própria.
Seguro
Na opinião da secretária, o financiamento em 60 meses não é arriscado no sentido de que ocorra algum contratempo no período e isso dificulte o pagamento em dia das prestações. De toda forma, ela tratou de fazer um seguro oferecido pelo banco. Esse seguro garante a quitação das prestações por um período de seis meses, caso o titular da compra perca o emprego.
Os planos de 60 meses sem entrada foram os responsáveis pelo aumento recente da inadimplência do consumidor nas vendas financiadas de automóveis. Por isso, bancos e financeiras decidiram desativar essa modalidade de crédito. Para se prevenir contra o calote, além de encurtarem os prazos, bancos e financeiras começaram a exigir uma entrada.
O impacto das mudanças nas condições de financiamento foi a exclusão de consumidores como Marcia que, por insuficiência de renda, não conseguiam assumir planos mais curtos de compra a prazo.
Goes não vê riscos de alta de inadimplência na volta dos financiamentos com prazos longos, que têm como objetivo acelerar a desova de estoques. Agora, na sua opinião, os bancos estariam mais cuidadosos na aprovação do crédito. A promoção, segundo o diretor, está sendo sustentada pelo banco da GM e pela concessionária, que subsidia a maior parte dos juros. A promoção vai até o fim do mês.
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